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Poesias-->Literatura do Povo -- 14/08/2004 - 21:43 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


PARA OCUPAR O PODER

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



O Brasil não tem mais jeito

Até pra ocupar o poder

A coisa vem piorando

Não há mais o que fazer

Pra todo cargo indicado

Assim que é nomeado

Começam a aparecer



Dentro do pão bolorento

Os podres do indicado

As ligações perigosas

Escondidas no passado

Além da imaginação

Escandalizam a nação

Os erros do anunciado



Alguns demoram bastante

Disfarçam bem a jogada

Até recebem ajuda

De toda a companheirada

Mas não resistem a pressão

Acabam pedindo perdão

Com a cara mais lavada



São atores talentosos

Já vem de berço o passado

Simpáticos e bem falantes

Se dão bem em qualquer lado

Na esquerda ou na direita

Trazem a medida perfeita

Do sucesso planejado



São fieis e são cordeiros

Não se metem em confusão

Humildes e bem discretos

Ninguém lhes presta atenção

Até que um dia a revista

Investiga e dá a pista

De mais um provável ladrão



Ou de um simples sonegador

O crime mais corriqueiro

Que geralmente se dá

No sistema financeiro

A porta do paraíso

Pra ficar rico é preciso

Transferir todo o dinheiro



Pra longe de nossas vistas

Qualquer ilha é ideal

Na Suíça ou na França

Qualquer paraíso fiscal

Não precisa nem de mar

Pro tesouro enterrar

Basta ter o capital



Preencher o formulário

Aquele do Banco Central

Tudo de conformidade

Sem o ilícito penal

Pelo menos aparente

Para que ninguém atente

Que o ato é ilegal



E assim a nossa pátria

Coleciona amargura

Água mole bate em pedra

De vez em quando ela fura

E á tona aparece

A reputação que apodrece

A ferida que não cura



São vampiros e morcegos

Rosário de corrupção

São amigos de bicheiros

Não têm medo do Leão

Quase tudo é perfeito

Sempre arranjam jeito

De ganhar a licitação



E o mais interessante

É que a pessoa indicada

Para cargo importante

No Congresso é testada

Sua notoriedade

Bem como a veracidade

De reputação ilibada



Mas pelo jeito, parece

Não haverá mais solução

Ou se acaba a exigência

Ou não se faz indicação

Pois quase todo indicado

Traz no presente o passado

É freguês de outra eleição



Amigo do candidato

Já trocaram confidência

Até um dia sonharam

Em galgar a presidência

Ter um cargo ocupado

Esconder o seu passado

Reformando a Previdência



Fazer o seu pé-de-meia

Vingar-se do assalariado

Que nunca teve dinheiro

Para lhe ser emprestado

Por isso hoje a vingança

Vou fazer minha poupança

Às custas do aposentado



O dinheiro do orçamento

Vou deixar bem separado

Para agradar meus amigos

E outro qualquer deputado

Que queira ficar comigo

Ainda que por castigo

Tenha que mudar de lado



O resto é café pequeno

Adeus para a pobreza

Vou curtir o meu churrasco

Com vinho de sobremesa

Esperei por isso bastante

Uma luta incessante

Ta tudo bem, ta beleza!



Viajando de avião

Conheci o mundo inteiro

E vi como é difícil

Arranjar muito dinheiro

Por isso joguei a toalha

Ninguém mais me atrapalha

O mundo é meu parceiro



Jogo, fumo, danço e bebo

Como qualquer ser normal

Sou muito bom de improviso

No discurso sou “animal”

Dou as minhas cacetadas

Faço minhas enroladas

E me dou bem no final



Não me meto em intrigas

Meu projeto é alongado

Penso muito a longo prazo

E tomo muito cuidado

Pois não quero ver o dia

De acabar a fantasia

E eu ser aposentado















02 de agosto de 2004













































































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