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Poesias-->sobrehumano -- 21/08/2004 - 01:38 (maria da graça ferraz) |
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Sobrehumano
mdagraça ferraz
A escultura esguia
de forma indefinida
saída da pedra
Graciosa, até
Contornos femininos
Cintura ligeiramente
torcida, de forma
que onde íamos,
ela nos seguia
A escultura - Ela
que sofrera
as estocadas firmes
Outrora, um bloco
informe, agora,
delicada como uma
flor de pedra
Dolorida ainda.
A alma do artista
ali...tangível, capturada
E ele - o criador-
poderia persistir
esculpíndo-a...
eternamente,
procurando torná-la
cada vez mais sonho,
mais absoluta,
mais bela
Mas num determinado
instante, ele se deteve
Se insistisse,
um golpe a mais,
mesmo que leve,
ela se reduziria ao pó
É este instante mágico,
fugaz, onde o artista
atinge um limite
impossível,
um erro,
e tudo se desfaz
Há uma distância
mínima
entre a genialidade
e a banalidade
E o conflito
entre ambas
é inevitável
Uma mão parada no ar
a lutar contra
uma palavra cortada
pela metade
Quem ganhará?
Nunca se sabe....Nunca se sabe
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