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Poesias-->JANELA DA ALMA -- 05/11/2000 - 09:51 (Noraldir Viana Mariano) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
JANELA DA ALMA



Abro a janela do meu quarto,

A paisagem parede que se mostra,

Não me alegra, estabelece um fato!

A sensação prisão, que se apresenta,

Arranca do meu peito a liberdade.

Dos meus dias de criança...

Restam só saudades,

E esta vontade de voltar a rir...

De me tornar eu mesmo de novo,

De voltar a ser...

E nunca mais crescer!

Meu olhar vagueia

Entre as possibilidades de brinquedo,

Mas retumba em meu peito o calor,

Transformado em medo.

Aí, ao invés de riso, me faço sério...

Há muito não tenho tempo,

Para desvendar mistérios.

Minha vida, antes ávida,

Agora habita a profundeza

Do meu ser...

Se omite, inválida, do desejo...

Do que eu quero viver.

Argumento que cresci,

Que me tornei adulto.

E o riso que a minha criança,

Me lança,

Dói como um insulto!

Sei que minto,

Que na verdade não fui eu

Quem escolhi...

E a angústia que sinto,

Se me permitisse ser criança,

Veria que não deveria sentir.

Me escudo em afazeres,

No que é minha responsabilidade,

Mas, ainda assim,

Quando abro a janela,

Meu peito se expande,

E é só saudade.

Sou o que sou, o que a vida fez de mim,

Mas, meu peito ressoa e lacrimeja

Por não querer ser assim.

Guardo ainda em mim, a criança,

Que sei, um dia me resgatará.

Quando não puder agüentar

A ausência da minha infância.

Procuro ser o herói,

Que um dia, meu menino sonhou.

Só que os inimigos imaginados,

Monstros, maus soldados...

Hoje não são sonhos,

São o que minha vida criou.

Alimento meu guerreiro,

Com lágrimas saudosas, incontáveis,

Sua espada e escudo me protegem,

Fazendo a mim e a minha criança,

Almas reconciliáveis.

Espero um dia nos tornarmos,

De novo, apenas um.

E dos folguedos,

Dos quais já ouço os sons,

Partirei amante...

Sem remorso algum!

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