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Poesias-->Bem perto -- 30/08/2004 - 11:49 (Rodolfo Araújo) |
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As tuas paredes pedem a leveza
Do teu choque contra as tintas
Arremessada pelo torpor da insanidade
Nos meus olhos já prevista
Tua pele transpira solitária
Quando a boca deseja calar
Os lábios se contorcem solitários
Numa dança longe de parar
Os lençóis, em reviravolta
Choram nas manhãs frementes
Chamam por meu corpo outrora ausente
Pedem verdade ao teu amor que mente
A poesia sussurra ao teu ouvido
Quando queres sonhar em branco
Mas as vestes são minhas cores
E teu semblante em mim, profano
Nas vitrines enxergas meu retrato
Meu nome procuras sem pedir
Achas os traços deixados na trilha
São meus cílios, minha boca, tua saída
As fronteiras se aproximam
Recordas, pensas, materializas meu rosto
As feições que faria, possibilidades
Se ali estivesse
Se ali eu fosse
Se teu fosse
A ampulheta escasseia o tempo
Já não é forte tua ilusão vivida
Atos-falhos, desmedida
São teus passos, tuas caídas
Estou perto, respiro teu perfume
Imantada pelos meus poros
Não consegues mais fugir
Fecha as pálpebras e enxerga
O que não se pode esconder
Comigo, ao meu lado
Começarás e terminarás
Seu doce e eterno viver.
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