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Poesias-->O Palhaço -- 06/09/2004 - 17:01 (Márcio Filgueiras de Amorim) |
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Sinto a tristeza de todo palhaço,
Sem sequer me obrigar a fazer rir.
Palhaço que esqueceu a maquiagem,
Desprotegido, expondo a própria face.
Seguindo tosco, desajeitado e torto.
Tropeçando, meio a esmo, pela vida.
A única salvação é me travestir de arte,
Adentrar esta bela e mágica dimensão.
Pintar a cara, avermelhar o nariz.
Vestir roupas largas e disformes.
Atravessar o portal que separa o banal
Do essencial, extraordinário e único.
Rir de mim mesmo, síntese do humano.
Percebido o imperfeito, que o riso purga.
O que deve importar é a transcendência.
Possibilidade da arte ainda que circense.
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