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Poesias-->JOANA D ARC DE GOIÁS -- 18/09/2004 - 21:20 (João Ferreira) |
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JOANA D’ARC DE GOIÁS
Jan Muá
18 de setembro de 2004
“Minhas vozes não me enganaram” (Joana d’Arc)
Também ela pode cantar suas canções de gesta
Seus feitos heróicos suas façanhas
E o caráter épico de sua travessia de vida.
Sempre teve personalidade
E sempre esteve voltada para suas origens patriarcais
Viveu seus tempos míticos de ascendência camponesa
Nos líricos campos das fazendas de Goiás
Passou a infância como uma índia audaz e voluntariosa
Montava seu cavalo sem sela
Pulava cercas e corria por entre os matos
Vigorosa cumpria todas as tarefas domésticas
Carregava ao colo os irmãozinhos
Era estudiosa aplicada e realizava tarefas incríveis no internato
Mordida pelo vírus político na adolescência
Tornou-se uma simpatizante do partido do povo
Com vinte anos já assumia sua intolerância
Contra a ocupação do poder pelos militares
Como tantos brasileiros do tempo irá se exilar na Europa
E trabalhar em restaurantes lavando pratos
E em fábricas inglesas em Manchester
E também na Suécia
Se ocupando em trabalhos humildes para sobreviver
Sabe resguardar o melhor de sua alma na dedicação e no idealismo
E centra suas ambições numa vida de sinceridade e de simplicidade
Buscando a igualdade e paz no mundo
Assim como a cooperação entre os povos
Para isso trabalhará nos movimentos sociais das democracias africanas
De língua portuguesa
Seu coração jovem rejubilará sempre com a alegria dos jovens idealistas
Que acompanham na África a utopia de Samora Machel
E de outros políticos que buscam a socialização básica dos povos
Admirará Fidel e toda a sua iniciativa de defesa das prioridades estruturais
De uma sociedade socialista
Apoiará a operação popular levada a cabo na grande ilha de Cuba
Não é Joana d’Arc mas tem um espírito de mulher guerreira
Como Diadorim na luta pelo bem e contra o mal
Tem uma história de vida
É uma mulher simples
Uma heroína do quotidiano
Firme em suas convicções
Idealista de uma grande família que sabe curtir as proteções amplas
Do matriarcado
E manter com naturalidade um coração grande
Obedecendo a um destino original voltado
Para a grande família humana solidária e democrática.
Como a heroína francesa Joana d’Arc
Ela traçou um objetivo com base em suas íntimas convicções
E pode dizer hoje também “que suas vozes interiores
Não a enganaram”.
Jan Muá
Brasília, 18 de setembro de 2004
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