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Poesias-->Átrio, a flor do irreal III -- 07/11/2000 - 18:15 (Ayra on) |
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III
Para onde me levaria um nome
Se sou tantos?
Caminho para tantos lados.
Sou tantos de mim que já nasceram e morrem.
Não sou serei, ou sou, ou fui.
Busco-me em um além disso.
Procuro o pirata,
O anti-eu que irá matar-me
Para que já outro de mim nasça.
Hoje sou Rosa Passos,
Amanhã serei Don João.
Ontem fui saudades que tive
De um Don João de mim
Que somente nasceria se eu estivesse morto.
O que sobra de real?
Sim. Estou nos canteiros atrás das casas.
Escondido pela moral, ou pela vergonha,
Ou por um ciúme que molha e trata cada flor
Como quem planeja assassinato.
O meu sentido de ser
Se perde dentro do menino-duro.
Vive no pique-esconde
Das crianças-objetivas
E tem o objetivo de esconder-me
Sem - pré. |
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