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Poesias-->CHEIRANDO A SAUDADE -- 05/10/2004 - 11:35 (débora cristina denadai) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando você saiu

a saudade entrou de sola,

inudou a minha casa,

foi baixando a minha bola.

Sem mais nada pra fazer

(nada, nada me consola)

fui pagando pra ver

onde é que isso vai dar

e sigo contando as horas.

Quando a saudade entrou

junto com a tua partida

seu cheiro logo inundou

cada pedaço da vida.

Segui de nariz empinado

farejando seus vestígios,

e com o olfato apurado

isso foi virando vício.

Fui cheirando o ar

igual uma gata no cio,

cheirei tudo sem parar

e agora eu até mio...

Seu cheiro não sai de mim,

Sua voz que adoro ecoa

em cada canto da casa,

vou ouvindo ainda que doa.

E dói. Uma dor desesperada,

que vai cortando por dentro,

que corta à faca e espada

e vai sangrando e doendo

mas vai curando a ferida

que ficou assim, aberta,

desde a hora da sua ida





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