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Poesias-->Meu ódio por ti -- 16/10/2004 - 20:05 (Rodolfo Araújo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Odeio as tuas roupas coloridas

Desfilando a refletir o sol de setembro

Que alimenta as flores e os desejos

Dançando todos em silêncio



Odeio a tua voz se esbaldando

Em microfones mundo afora

Sem tirar os que te aplaudem

Do gosto ou da memória



Odeio a tua pureza mascarada

A torturar os anseios sem morada

Que faz de ti a namorada

Dos versos em vão, do meu senão



Odeio o teu desrespeito aos meus poemas

Pois são de mim grandes emblemas

Da paixão arrebatada, espraiada

Entre os poros fechados da ilusão



Odeio teu corpo embriagado

Pelos beijos que sabes em ti guardar

Que te causam súplicas ardentes

Culminantes – por que não? – em um altar



Odeio tuas viagens, os momentos vazios

Tuas voltas, tua saudade

Que me pede em alarde

Sacrifícios indeléveis

Sob a fraca luz da tarde



Odeio teu modo de andar

Pretensamente decidido

E o modo com que deitas

Ao meu lado nas ruas

Nos morros quase celestes

De tua vila



Odeio teus telefonemas noturnos

E a insônia profana

Tuas palavras inconstantes

E pulsões mundanas

Que retalham minuciosas o restante

Do meu peito outrora fulgurante

Agora tão palpitante

Depois de tão longas semanas



Odeio teus segredos

Teu poema solitário

O desenho do calvário

Que pode ser rosário

Se abandonares o ‘não’



Odeio tuas regras

Os motivos, as querelas

Os medos, os apelos

Os desapareceres

Todos os momentos

Em que não estás



Odeio tua vida sem mim

Tua voz sem que me atinja

Tuas roupas sem que eu tire

Tua pureza se não minha

Teu desrespeito em separado

Teu corpo em gélida distância

Tuas viagens desavisadas

Tua inteligência a outro alimentar

Teu andar em outra direção

Teu telefonema com primeira intenção

Teus segredos frustrados

Tuas regras sem fraturas

Meu filho sem ti como mãe



Odeio-te, enfim,



Simples assim: porque te amo.



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