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Poesias-->DA PERSPECTIVA DO CORPO -- 17/10/2004 - 10:43 (ANTONIO MIRANDA) |
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DA PERSPECTIVA DO CORPO
Poema de Antonio Miranda
Meu corpo tem vontades próprias
alheias ao meu consentimento.
Transgridem valores e parâmetros
de comportamento,
descontroladas de si mesmas.
Um corpo precário,
perdulário.
Um corpo que contemplo fora de mim
para não deixar-me dominar por ele.
O corpo é lúcido, arbitrário.
Em sendo corpo,
sou temporal e finito.
Amanhã, seria outro,
Como corpo estou, nem sou.
Como um halo, com emanação
da matéria em combustão.
Corpo aberto, corpo receptivo.
É a mente que castra,
que inibe, que delimita.
O corpo é fátuo e é fausto.
Odeia a ínércia,
o desuso, o descaso.
Enquanto corpo sou de todos
e menos de mim.
Este poema faz parte da coletânea 25 poemas – Antonio Miranda que está sendo lançado
em setembro próximo pela Edsitora UNIDERP. Saiu publicado pela primeira vez na
antologia coletiva Caliandra, poesia de Brasília (1995). Passe adiante...
Visite a nossa página: www.antoniomiranda.com.br
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