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Poesias-->Mãos dos Mortos -- 08/11/2004 - 09:53 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Olhando de lado

a gente percebe.

Olhando de frente,

também.

Não olhando, você,

de permeio, sente mais

ainda e se repete.

É porque de fora

virou prá dentro.

Que posso fazer

que tudo se embutiu?

Como se fosse tudo bem

empacotado.

Me pegaram - na minha hora -

e misturaram tudo dentro

do nada.

Na caixa vazia restou

eu e a escuridão.

Mas que posso fazer?

Sou desdedos dos vazios e

pertinaz dos incoerentes.

Sou também viva voz

dos perdidos,

dos largados aos vagos e

pelo vivaz tempo.

Então virei caixa de

chutar - sem ao

menos ser de vidro,

sem ao mesnos poder

fazer um pedido.

Ah! se eu pudesse,

eu largaria minha voz

meio atroz,

e soltaria a angústia.

-Me tirem desta caixa

de vazios, sem sol e em

lua.

Sem orvalho da noite pura,

sem amigos deconhecidos,

ou qualquer mulher -

que pode ser até mesmo a padrão -.

Diria, me soltem daqui.

Tragam até me avó e peçam a ele que

pelo menos me dê a mão.

Juro, agora,

preciso de mãos,

mesmo que sejam aqueles

que fazem os plantões dos mortos!
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