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Poesias-->Quando eu voltar -- 12/11/2004 - 18:57 (Rodolfo Araújo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando eu romper desta prisão as grades

Farei de tudo para não produzir alarde

Não haverá sons de moedas, nem gritos

Ficarão os que me esperam, se possível, aflitos



Vestirei as melhores roupas

para que ninguém saiba

do claustro e das lástimas

que um novo mundo tome início

e nele caibam

as fortunas outrora latentes

agora tão iminentes



Não zombarei dos pedestres como planejava

Se puder, não gastarei uma palavra sequer

Tentarei ser invisível, intocável, inaudível

Ignorarei a primeira criança que vier



Posso te desejar que pense em mim

Até tua mais íntima extremidade

E que pulse, até não poder mais parar

Eclodindo mil vezes a mesma vontade



E que não te esqueças do último beijo

Antes que as grades cerrassem meu futuro

Batendo orgulhosas, parindo meu senão



O tempo regride

os sóis já não são tantos assim

o cativeiro não deixa saudade

será mais um vazio

daqueles que o tempo transforma em vácuo

e despeja de olhos fechados sobre um rio



Quando eu tiver novamente asas

Não adiantará correr, nem que tu desejes

Alcançarei tua boca em desespero

Viverei contigo os dias em dobro

Presente e passado em coexistência

Sempre na frágil iminência de mais amor



Os minutos escassos em compasso de espera

Ateiam fogo no pretérito vil

Sucumbem em continência à nova era



Quando eu fugir desta prisão, meu amor

Apagarei de mim, então

A mácula da cela em que vivi

Maldita solidão



Quando eu fugir desta prisão

Teu corpo terá um cárcere

E nele agonizará em beijos

Silêncios, brados e apelos

Material enfim nosso desejo

Onde baniremos o não.

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