LEGENDAS |
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Poesias-->A noite esperada -- 15/11/2004 - 19:46 (Rodolfo Araújo) |
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Na noite em que voltares, saberás
Das pétalas que colhi ao Deus dará
Sem saber de certo a hora
Se és pontual, ou se demoras
Hei de banhar-te com todas as cartas
Pois lerei uma por uma
Sentirás em tua boca sabor de bruma
Pois hei de pousar meus lábios em ti
Com a leveza de uma pluma
Buscarei-te pelos braços, se preciso
Abrirei todas as trilhas necessárias
Ordenarei aos pássaros silêncio
Para que da tua voz o mundo seja
E neste último crepúsculo solitário
Bradarei no topo de um monte
Ou qualquer ponto em que visível esteja o horizonte
Exalarei o derradeiro perfume do fardo
Ganhará o vento o poema triste final
Na noite do teu regresso
Serei de ti um réu confesso
Debulharei-me em palavras e lágrimas
De todo o amor represado
Florescerá então nova rosa
Esculpida no ardor da proximidade
Um toque leve, sem alarde
Haverá de eclodir a paixão
Seremos fruto da histeria
Típica nervura do amor
Incontroláveis, em nostalgia
Alimentando a essência do calor
E amanheceremos enlaçados
Como um presente matinal
Embranquecidos pelo olor diurno
Que sucede a doçura noturna
Que marcará teu retornar.
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