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Poesias-->caminhando -- 16/11/2004 - 01:16 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Andar nesta cidade



e procurar não errar o número



misterioso dos teus passos



Caminhar sem se deter a nada



Vitrines. Apelos. Camelôs.



Furor da moda. Bilhete de loteria.



Pontos de ônibus. Metrô.



Gritos de pivetes. Bestas. Buzinas.



Passar pela multidão



como quem mergulha num mar



profundo, sem se preocupar com perigo



Andar pelas misérias do mundo



Cheiro de carne queimada.



Línguas com sede. Chicote



afiado no lombo do cavalo.



Assistir a ópera bufa :



"Um César é sempre coroado



por um bando de palhaços"



Persistir seu caminho triste



nesta cidade, como se ela



não mais existisse



Como se a cidade, de repente,



andasse dentro de você,



cada vez mais lenta



Um dia , tu ainda a deixarás



para trás e continuarás caminhando



Ver-se é como pisar



sobre um chão de espelhos



Porque teu andar é tua música:



uma rosa branca, outra vermelha,



sofrer, amar, ferir-se, nunca errar



o misterioso número de teus passos



Completar uma volta. Abrir uma porta.



Dar corda no pião. Soltar os laços



que te prendem as mãos.







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