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Poesias-->vieste DIXIE -- 16/11/2004 - 01:50 (maria da graça ferraz) |
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Vieste ,Dixie,
porque é feio o mundo
cá de baixo, feito de dor,
de dúvidas, de andrajos
Vieste simples, clara, descalça,
olhar fechado, coroada
de estrelas e de seios,
com as mãos fartas
de flores vermelhas
Vieste, Dixie,
para tentar tornar o mau,
algo precioso, brilhar os dias
e fazer rolar pedrinhas
pelas encostas das rochas
até as margens dos rios
Vieste, Dixie,
com teus pezinhos de cristal,
para sentir a relva molhada,
saber-se amada
como uma dor súbita
jamais esperada
Vieste, com a alegria
dos inocentes, dos não batizados,
dos que nada sabem
exceto o impulso para unir,
para reatar, para ligar,
para criar doidos mundos
Vieste, Dixie,
porque o mundo é pedra,
carne, coisa impenetrável,
e tu és macia...como uma pena
Vieste, Dixie,
para dar um significado,
para tecer um verso,
para erigir um castelo
maior do que meu medo
Ó Dixie, e pensar
que tu não existes,
como eles desejam,
mas que respiras em mim
És minha alma
Eu te chamei aqui
para que tu me tornaste livre
em ti
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