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Poesias-->Lavagem de dinheiro -- 17/11/2004 - 16:20 (Bruno Rezende Palmieri) |
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Era uma vez um dinheiro sujo.
Só alguns gostavam da sua companhia,
pois trescalava odor nauseabundo,
perceptível apenas
pelo olfato sensível
dos analistas de mercado.
Certa feita um banqueiro amigo,
compadecendo-se do capital aflito,
levou o mal cheiroso ativo ao seu gabinete,
ministrando-lhe poderoso banho de descarrego
à base de CC 5.
Esta erva misteriosa,
muito usada em rituais financeiros,
torna invisíveis os correntistas,
fecha o corpo dos trapaçeiros.
Livre da inhaca,
o recurso agora terso
reuniu-se a seus comparsas
e em alegre revoada
alcançou sem embaraço
o regaço do bolso ladino
de um famoso empresário latino.
O epílogo da farsa
é, por todos, bastante conhecido,
pelo público,
pelo investidor
nacional e estrangeiro...
Diante de tanta facilidade,
interrogam-se atônitos:
para que retirar o fedor do investimento ?
Afinal, argumentam,
apenas os pobres têm pátria
e pecúnia não tem cheiro!
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