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Poesias-->NOITES PAULISTANAS -- 21/11/2004 - 13:15 (Sandra Russo) |
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São carentes as noites paulistanas,
Desaforadas e pretensiosas
São pretextos os conflitos alucinantes,
Luzes, sons e cheiro de cigarro
São asfixiados os jovens
E asfixiantes seus modos
São consumidores de primeira,
Segunda e terceira doses
São meigos seus modos, são curiosos...
São contrações, chope cigarro...
Traumas, mágoas escondidas
Jovens perfeitos com tanto tédio,
Por que contestá-los
Se seus atos inspiram presença
Da ausência de esperança,
Do desejo de possuir?
São apertões aos cantos,
Beijos quentes e cheiro de nicotina,
Pensamentos avulsos, retomados,
Trocas e criações.
São pessoas que entram e saem,
Sem ver horário, nem rostos
São problemas, tristezas escondidas
São poetas, os homens da noite,
Estúpidos apaixonados
Papos vagos, nulos, conteúdo semanal...
Sossegos perplexos
São cálices de desespero noturno.
E valha à Deus a noite que esperam
Os homens a se decidirem ser corajosos,
Mesmo quando usam máscaras.
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