sem a altitude intelectual dos ancestrais superiores”!!!
Nunca a melhor qualidade dos dois!
“Feridos pela fatalidade das leis biológicas”,
condenados à degeneração
e à inferioridade...
Incapaz de solidarizar-se
com qualquer de suas origens.
Sem a capacidade abstrata
Com “uma moralidade rudimentar”.
Para ele, o mestiço é um intruso
“dispensivo e dissolvente”
”sem caracteres próprios”
com tendência à regressão
“às raízes matrizes”
daí sua instabilidade...
O mulato despreza o negro
e tenta embranquecer-se...
O mameluco faz-se bandeirante
e vai dizimar os índios...
Para ele, ‘são invioláveis as leis
do desenvolvimento das espécies”
e a parte “superior” do mestiço
tende a restaurar-se...
E completa, inexorável, sua razão:
Quando “a raça forte não destrói pelas armas,
esmaga-a pela civilização”...
Salva-se da degeneração, o sertanejo
- que “é um retrógrado, não é um degenerado”
de uma raça cruzada que surge autônoma
e de algum modo original
adaptada ao meio
e capaz de alcançar a vida civilizada...
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Poema-ensaio do projeto TERRA BRASILIS que pretende interpretar o espaço (DE ORNATU MUNDI), a história (DE REVOLUTIONE MUNDI) e os valores (DE ANIMA MUNDI) da civilização brasileira, a partir da revisão dos grandes autores que estudaram o nosso país, além de propor algumas visões pessoais da questão... Outros poemas já divulgados podem ser lidos na página www.antoniomiranda.com.br