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Poesias-->é tarde -- 22/11/2004 - 09:03 (gisele leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
já não sei se é tarde

se a noite dormes feito criança

ou fedes feito suíno

em qual estrada

teus passos te arremessaram

ao abismo abaixo



e o rastro foi sumindo



mas aidna ouço uma esperança

na voz que perpassa o fio

da trama

encobrindo a ironia do destino



tua pálida e fria mão me acaricia

e, ainda é tua mão

mas eu já não te alcanço

mas estou esscondido nessa presença

um oásis ilusório de um ser sedento

que não passa de miragem.

um punhado de sal, areia e

muita solidão.



Há tantos silêncios estranhos dentro

da mesma solidão

Há portas trancadas por pesadas tramelas de ferro

Há palavras malditas:

rejeição,

desamor,

indiferenças.



Há outras palavras felizes:

avó,

amizade,

adalmir

amor

paz.

Há bálsamos escondidos no meio do desero

Há pedras no meio do caminho do poeta.

Há princípes no meio do brejo

E há sdapos enterrados no meio do castelo.



Mas é tarde,

para se quebrarem todos os encantos...

fiquemos apenas com este,

a tilintar pela eternidade,

pois é tarde.
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