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Poesias-->Visionário -- 26/11/2004 - 10:52 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
e não sou

visionário,

sou simples,

igual

aos missionários.



fali!

decerto

que fali!



sem desacertos,

com direito

a enterro

de flores,

e coroas

de azul,

até bem

feitas!



fali!

cai de

um pedaço

do mundo

pra outro.



fui enlace

dos pobres

e sem rumo,

só aos pássaros

faço encantos!



pobres!



que choram

cântaros de

mágoa

redimida!

aqui não

tem vez, não!



aqui,só chegam

os vândalos

sem canto!



agora,

tá todo mundo

perto,

mas depois,

fica

todo mundo

bem longe,

nesta estrada

esticada de

decertos!



tô andando

pra frente,

mas,sei,

estou

indo mesmo

é pros

bentes.



aqui ninguém

gosta de ninguém

nem o próprio

capataz.



azar!

batida de mel,

não dói nem

ao sincero rapaz!



gosto dela

até o fim

do mundo,

mas cheguei lá,

e nove foras,

metade de tudo,

ela também fugiu,

pras araras

de casas

imundas,

de casebres

sem fundo!



tô caminhando,

há um tempão,

na sombra

e no sol ,

lá fainando !

lá penando !



decerto!



não consigo

ir mais

longe

nesta canção,

porque verso

não tem

mais

e a prosa

morreu

de velha

e obesa,

sem nenhuma

explicação!



nem a fonte,

bem iluminada,

desperta mais

amor,

pra quem vai

sem cor,

depressa,

correndo,

prô

dia

de ontem.



ontem que

parou de

existir,

quando

de lá surgiu

o cálice do

brando sol,

e, a persistir,

dobro,

o que fugiu!



nada dela

por aqui

sobrou:

nem uma canção

leve,

nem um perfume

de cantão,

só um abraço

feliz

de não voltar

mais!



não volto,

e a concordar

retorno sem

mais elos!



deixa o tempo

passar

com vasta luz

sem vândalos,

deixa o tempo

correr.



chegar e mais

chegar,

sem ter ido

a lugar

nenhum.

tudo vago,

reprimido,

tudo de pegar!



nisso errei.



ou em quase

tudo errei.



por pena

ou por ser

de bento,

por comiseração

dos eleitos,

fui colocado de

lado:

mas, um pisa daqui,

outro de lá!



dá dor

de dó,

e a gente

fica

igual

a pão-de-ló!



pisadas iguais,

esbarrando em

dores

coniventes,

iguais aos

da terra,

alados!



fazer de dó

era prazer

dos homens

colados mais

ou menos

de pó.



são de cor de

abóbora lilás,

enfeite

de gravatas,

ganchos

sem simetria.



parentes não

eram!

suponho,

são errantes

errantes!



amém de dois!



quem já morou

lá na roça

de meu avó,

bem sabe

que animais,

são, de repente,

mais fiéis

do que

o mais rente

dos homens.



e o amor

desbelta

igual.

é diferente,

de casca grossa,

feito de amarras

de beijos,

alentandos por

cheiro de

jasmim

perfumado.



por isso primo

pelo augusto,

onde lá fora

junto à arbustos,

fazem o primeiro

amor sem desdém.



pena!

com mais carinho

só dá prá fazer

neném.



fui brusco,

passo da

hora,

atropelo homens,

ando em

charretes

de minha infância

de dois nomes,

um pai, a bela

mãe,

e os gafanhotos

que morrem

sem esperança.



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