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Poesias-->MATO AD ENTRO TRÊS -- 28/11/2004 - 19:38 (wildon lopes da silva) |
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MATO AD ENTRO TRÊS
"Nos embalos de um sábado ensolarado na avenida SãoJoão..."
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Um batedor de carteiras
chegou rapidamente
parou na minha frente
__ agiu intransigente como se fosse um sábado!
Sonha poeta,
o tempo é todo feito para sonhar.
O ladrão daquele momento
é fruto e consequência do descontentamento
do povo de algum lugar.
Sonha povo,
o tempo não te leva para outro lugar.
O espaço físico e mental da gente
é direcionado pelas televisões.;
eles te carregam para onde querem
eles te sugam, se preferem...
ou te calam
diante de milhões de vidas,
d e s c a b i d a s v i d a s...
olhando a telinha preferida
ou ficando mudo
feito a ida e a despedida...
¨...*...¨
Bons tempos aqueles em que o futebol era jogado.
Peladas
várzeas
bolas-de-meia
rosas despetaladas.
O esporte era só questão de sorte
e saúde.
Hoje o mundo do futebol já fatura
de sul a norte
milhões de dólares
à custa de um povo humilde
sofrido.;
__alguns já tem até apelido.
Outros,
são destinados a morrer em Guará
ou em cidades de qualquer lugar
sem mesmo terem saído de lá
ou tentado desfilar seu jogo...
expetacular.
A natureza, inexoravelmente
dá e tira,
gruta desconhecida:
c a c h o e i r a s
cascatas
t a r r a f a d a s
e assim vamos doutrinando os peixes
pelo seu tamanho ou coragem,
enfim.
E por fim
temos uma troca inevitável
que começa pela cor do céu:
azul, azul, azul, azul, azul,
trocado por baurú.
Vermeho poente
trocado por dor de dente.
As cores lindas das cachoeiras de água doce
do rio sapucaí
trocadas por mares e rios
pelas estradas que se controem por aí.
Pelos cardumes de mexilhões
e
mais ainda,
pelas multinacionais e os tubarões.
AVIENLYW
22/10/1983
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