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Poesias-->MATO AD ENTRO DOIS -- 28/11/2004 - 19:40 (wildon lopes da silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MATO AD ENTRO ( 2 ) -

Tudo começou num duro golpe dado pela Ditadura Militar

________________________________________________



D um golpe doído

de doido varrido

doído...

... de quem acreditava no sucesso do homem!



As samambiais mais belas

desapareceram da minha janela.

Das janelas

das donzelas também.

As flores mais vermelhas

que antes furtavam do meu jardim

ou de um jardim qualquer lá do bairro,

agora não as encontro mais,

murcharam dentro do vaso

confundem-se na cor do próprio barro.

Flores camaleoas

que cobrem as leoas

vermelhas tontas

vermelhas mortas

a m o r f a s

(... a m a r e l a d a s)

iguais aquelas que estão sendo vendidas

numa grande floricultura programada.;

dinheiro aplicado a juros para nada,

Nem tudo é levado a sério:

_ nem mesmo aquelas flores das portas de cemitério!



Oh! Feliz idéia que tive um dia

de te guardar no peito

tal flor na minha Lapela

onde tu ficas

com bastante jeito

feito uma moça

debruçada na janela.

Ficas mais feliz

bem mais feliz que numa sargeta de esquina

junto mim,

poeta louco que teve a sina

de viver num prédio

de 12 andares,

de beber, beber, beber, beber...

e morrer nas ruas ao redor dos bares!

Meu poema vem de um campo cósmico

onde habitam as pétalas

carbonizadas

pela minha cidade.

Vem das grandes plantações

de trigo

adubadas com concreto

nascendo e crescendo por aí,

só não suportam

as enchentes do Tamanduateí.

E agora?

cadê a flora que estava aqui?

Sonha... o tempo é todo seu para sonhar.

E agora?

Cadê você: Meu pé de Ipê da avenida Brasil?

Sonha... o tempo é todo seu para sonhar.

Sonha pescadores, batedores,

trabalhadores do meu Brasil...

o tempo... não pára!



AVIENLYW

22/10/1983



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