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| Poesias-->SE EU MORRESSE -- 28/11/2004 - 20:06 (wildon lopes da silva) |
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Para onde iria o Poeta?
Onde se enconderiam todos os seus versos
e a chama do seu caráter?
Onde estaria a fama que nunca chegara em seus ensinamentos?
***
Ninguém saberia ao certo
onde, decerto, ele se esconderia.
Ninguém saberia nem de perto
o que, certamente, teria lhe acontecido.
***
Muitos diriam que sua morte fora a mais sublime,
outros que suas palavras tocaram profundamente,
alguns, creiam, já projetariam o desenho do crime
e haveriam ainda aqueles que, metamorfoseados,
achariam admirável a sua aparição sobrenatural...
A todos, o poeta, responderia em seu ritual
de palavras, versos, poemas e pulsações.
E mostraria ao mundo
um rastro dos poquíssimos sentimentos
que hão restado em nossos corações.
Seja esse poeta
insignificante,
pávido,
ou mártir de um tempo em que fora rei,
por suas palavras,
por sua história de vida.
Seja esse poeta
ressurgido das cinzas,
reestabelecido,
dono do encantamento que o elevou aos céus
e sábio
por seu rítmo cadente,
sua poesia estonteante,
capaz
de mostrar novamente ao mundo
que o verdadeiro filósofo
do universo, somos nós mesmos.
***
Bem, seu túmulo seria de mármore...
e, pelo menos isso, dele, nos restaria.
Visto que,
seus poemas,
o seu maior valor,
seria um prazer tão vivo dentro das minhas veias,
que, serenamente, nos uniríamos em sonho e vida,
e a todos, diria eu:
___eram de fato os seus versos,
a minha guarida.
AVIENLYW (14/10/2001) |
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