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Poesias-->Furta cor -- 29/11/2004 - 20:05 (Gerson Ferreira da Silva Filho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Este sentimento, esta paixão, que por certo,

Atormenta-me, vaga pelo labirinto escarlate.

Aquele lugar, onde me perdi só em metade,

A justa parte que não sendo vaga, é decerto.



O último lance, o derradeiro blefe do amor,

Que gira a sina e moí o tempo em furta cor

No reflexo, sisudo e cálido dos ponteiros.

Os mensageiros inevitáveis do pálido clamor.



Que gritam o basta, mesmo não sabendo o final.

A toxina que paralisa o movimento bem sutil

O gargalo que ainda não encontrou o seu funil

A canção travada bem no meio do tênue recital.



E sendo assim, vou ao caminho mesmo se é o fim,

Apenas um placebo, um engano, um beijo assim.







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