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Poesias-->HAVIA -- 02/12/2004 - 18:55 (ANTONIO MIRANDA)
HAVIA Poema de Antonio Miranda Havia sempre água fervendo na chaleira para as rodadas de chimarrão.; havia sempre cafezinho quente no bule no fogão à lenha nas serras de Minas.; havia o vinho carmim do acaí na tigela do Pará ao Maranhão. Galinha de cabidela pinga na roça e tererê à vontade durante as cheias dos rios. Havia macacheira cozida e polenta assada havia torresmo e pinhão. Depois da piracema havia peixe de montão: pirarucu, pintado com pirão. E tinha também a mariola nos trens da Central do Brasil vendidas a grito e a vintém. Roletes-de-cana, garapa e paçoca sem contar que o amendoim torradinho nas matinês do cinema -dizia-se- era afrodisíaco. Tinha até feijoada e angú e arroz carreteiro e pamonha em folhas de milho tacacá-no-tucupi e mugunzá. Hoje tem pipoca de micro-ondas hamburguer de freezer comida a quilo no delivery do fast-foood para o horror do Ariano Suassuna reclamando do coffee-break. -------------------------------------------------O poema acima faz parte do projeto de livro TERRA BRASILIS que está sendo divulgado pela página www.antoniomiranda.com.br Copnfira...