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Poesias-->DIALÉTICA DA CRIAÇÃO -- 05/12/2004 - 20:53 (ANTONIO MIRANDA) |
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DIALÉTICA DA CRIAÇÃO
Poema de Antonio Miranda
No Princípio, era o Verbo
na infinita vontade de fazer:
a Palavra tudo pode
(a existência pela palavra)
em sua extrema potencialidade
em sua sã virtualidade
- numa vã possibilidade...
E por vir-a-ser é também
um deixar-de-ser.
Para o Universo criado
não existe ontem nem depois:
o tempo é uma dimensão humana
- frágil, imprecisa, imprevisível:
a Eternidade
do inconcebível...
Grande Loucura
é a aventura, a trajetória humana!
finita, mínima, diminuta
diante da máxima Verdade
inalcançável.
Deus expulsa o homem
de Seu Paraíso
mas conserva-o intacto
até que o homem, rancoroso
invade e o destrói
- pois este é o desígnio
divino.
Criar e destruir
são partes de um círculo
infinito:
homem e terra
alternam-se indefinidamente.
Até Deus
- por que não dizê-lo –
em sendo Natureza
- como se crê –
é biodegradável
e por isso sobrevive
a Si mesmo
em mortes e vidas sucessivas.
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