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Poesias-->Os Luzíadas x Brasilíadas -- 14/11/2000 - 23:52 (Mauro de Oliveira) |
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Versos fracos repleto de arranhões,
Bem diferente de Homero na Ilíada,
Maltratando os belos versos de Camões,
Na epopéia bem descrita dos Lusíadas,
Misturarei com o escândalo dos "Anões
A matéria que gerou os "Brasilíadas.
Entes malignos que a esta terra povoaram,
Que o pobre povo nas eleições o aprovaram.
Os Luzíadas
As armas e os barões assinalados
Que da ocidental praia Luzitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram alem de Taprobana,
Em perigo e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino que tanto sublimaram.;
E também as memorais gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o império e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando:
Cantando espalharei por toda parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grande que fizeram.;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram.;
Que eu canto o peito ilustre Luzitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Dai-me uma fúria grande e sonorosa,
E não de agreste ou de frauta ruda,
Mas de tuba canora e belicosa,
Que o peito acende e a cor ao gesto muda.;
Dai-me igual canto aos feitos da famosa
Gente vossa, que a Maria tanto ajuda,
Que se espalhe e cante no Universo,
Se tão sublime preço cabe um verso.
Os Brasilíadas
As Leis e os Decretos promulgados
Na emergente terra americana,
Por conluio da câmara e do senado
Repleto de corruptos e mente insana,
Pelo poder e por dinheiro foi trocado,
Que assusta alhures a raça humana,
E ao pobre povo que tanto prometeram
Do mesmo modo desse povo se esqueceram.;
Nem do passado que viveram em pavorosa
Uns aos outros aos montes torturando
Esqueceram as matanças horrorosas
Que os mais antigos viviam praticando,
Por conta de uma força poderosa
De milicos reunidos e um só bando
Não importa que a minha língua corte,
Nem por isso chorarei a minha sorte.
Calem a boca os porcos de Epicuro
Não esqueçam o rombo que deixaram.;
Num um país sem presente e sem futuro
Por tudo que do povo solaparam.;
Embalados docemente por perjuro,
Se esquecendo daqueles que enganaram.
Tudo de mal que se disser não me espanta,
Seja corrupto, lacaio ou sacripanta.
Com governantes nessa farra fabulosa,
Que de tão grande já assombrou o mundo,
Ainda se aplaudem de maneira calorosa,
A refameia de ladrões e vagabundos.;
Com os partidos direita e cor de rosa,
Vão construindo o seu chiqueiro imundo,
Se diga logo e se espalhe aos quatro ventos,
Que este país está bem servido de nojentos.
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