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Julho de Morte
Todos vão de férias. Vão para lugares coloridos, em festa. Abraçam o desconhecido sempre e quando a segurança os mantenha protegidos.
Eu viajo.
Viajo sei lá pra onde, ou sempre para o mesmo lugar: como você, como ela, aos confins de alguns lugares que imagino...
Como pontes de areia, dentro em mim, viva e forte.
Na sensação da noite. Também na sensação da manhã, viajo dentro da cabeça
à procura de abertura, de uma idéia que me troque pelo incerto, pelo limite fugaz.
E não encontro passagem.
Acho apenas o conhecido, me chateio, te reclamo - tú não estás!
O que fazer com as pernas, com o peito, com a boca?
Julho e morte, tudo junto, não adianta chorar : o que está dentro não muda- nem mesmo em outro lugar.