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Redação-->Solidão -- 03/08/2000 - 16:28 (fabrício lopes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Atualmente é uma unanimidade achar que a solidão é um mal do século XX. No entanto, não se pode vê-la associada a um período histórico, pois ela é um “ser” no homem e não um “estado”; é um sentimento humano assim como a alegria ou a tristeza.
E desde os primórdios, o homem foi tomado pela solidão. Para uns, de maneira consciente e que, assim, serviu como um dos ambientes de inspiração dos poetas, e de forma inconsciente em pessoas que morreram angustiados sem saber o porquê. Isto pode ser bem ilustrado ao citar Adão, o primeiro homem, que sentiu-se sozinho antes de Eva existir; Jó ao desejar que o dia do seu nascimento fosse solitário diante das penas que sofria; e até Jesus Cristo experimentou este sentimento quando, perto de morrer pregado na cruz, disse “Eli, Eli, lemá sabactâni”, isto é, ‘Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?’. Na modernidade também houve personalidades solitárias como J. J. Rousseau, autor do livro Os Devaneios do Caminhante Solitário, que começa com a frase “Eis-me, portanto, sozinho na Terra”, explicando a sua mania de perseguição, pois, sozinho, via-se ‘apedrejado’ por todos os lados, principalmente por Voltaire. E no Brasil, Olavo Bilac, numa nítida e solidária reflexão sobre os homossexuais, os chamou de “filhos da solidão” em seu soneto Só.
Ou seja, a solidão não é um mal do século, e sim um mal do homem, se é que se pode chamar dessa maneira. Entretanto ela ficou mais evidente em nossa era moderna perante, principalmente, ao receio da pessoas neste mundo de competitividade e de grande velocidade retraindo, dessa forma, seus sentimentos tornando-os secretos até para si mesmos. Mas não se deve exagerar, pois os extremos são sempre prejudiciais. Até porque a solidão exagerada pode gerar um egoísmo exacerbado e a inexistência desses momentos solitários traz a superficialidade nas atividades humanas, uma vez que não há reflexões sobre elas questionando sua validade.
Conclui-se, então, que a solidão é parte integrante na ‘imperfeição’ do gênero humano. E se houver uma solução para este sentimento, certamente, nesta ‘cura’, o homem perderia uma parte sensível do seu espírito tornando-se no ‘homem contemporâneo’ e, assim, acompanharia o mundo na sua correria.
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