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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->VOCAÇÃO -- 05/05/2000 - 09:31 (Antenor Ferreira Junior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Joana, moça simples, residia no interior do Estado do Paraná, na
pequena cidade de Tibagí, em companhia de seus pais e quatro
irmãos.
De família pobre, trabalhava para ajudar na manutenção da casa e
nos estudos dos mais novos. Nunca tivera a oportunidade de
estudar, pois seu pai vivia a dizer que mulher não precisava
estudar. Teria mais tarde que se casar para servir o marido assim
como sua mãe sempre fizera. Mas não poderia se casar enquanto seus
irmãos menores não fossem auto-suficientes.
Vivia sob o jugo do pai e sequer tinha liberdade para sair
sozinha de casa. Seu único passeio, era ir a igreja aos
domingos pela manhã, mas sempre em companhia da mãe.
E foi num desses passeios dominicais que começou o interesse por
um rapaz.
Joana já estava com 16 anos, e nunca tinha tido um namorado. Nem
sequer havia flertado com algum, pois as condições que o pai lhe
impunha, não lhe dava a menor chance.
Mas dessa vez seu interesse aumentava, mais e mais a cada domingo
em que via o rapaz. E a situação era reciproca, pois os olhares
não paravam de se cruzar durante toda a missa.
Joana se alegrava só em pensar que no domingo iria vê-lo novamente
Era um rapaz muito bonito e simpático. Andava bem vestido e tinha
a aparência de um jovem de boa família.
Como deveria se chamar? Será que ele também havia se interessado
por ela, como ela por ele?
E os domingos foram se passando e Joana, já não conseguia esconder
sua paixão por aquele jovem. Às vezes sentavam-se perto e nos
entreolhares arriscavam um tímido sorriso. Mas o rapaz jamais se
aventurou a ir conversar com Joana, pois o olhar de contestação da
mãe da garota, que tudo havia percebido, limitava-o.
No caminho de volta, Joana era repreendida pela mãe durante todo o
trajeto da igreja até sua casa. A mulher contava tudo ao marido
que a distratava e muitas vezes, até a espancava.
Até que um dia, cansada daquela vida escrava, resolve dar uma
oportunidade à sua felicidade.
Consegue, através de uma, das poucas amigas que possuía, fazer
contato com o jovem e através de uma carta, conta-lhe toda a sua
vida, e o que passava com seus pais e irmãos.
O rapaz se compadece e como também estava apaixonado pela garota,
reponde a carta, convidando-o para ir embora dali com ele.
Sem pensar nas conseqüências, a menina aceita a proposta e numa
noite, após deixar tudo preparado, foge de sua casa em companhia
do rapaz. Deixa apenas um bilhete à sua mãe, dizendo que estava
cansada de ser tratada daquele modo pelo seu pai e que iria tentar
ser feliz com Pedro.
A mulher desolada entrega-o ao marido que, impassível, lê aquelas
linhas mal escritas. Diz a mulher que não vá procura-la, pois se
ela quis seguir este caminho, que fosse, mas que jamais a
receberia de volta naquela casa. Para ele era como se sua única
filha estivesse morta.
E Joana fugiu feliz com Pedro, o rapaz que a tanto tempo esperou e
que agora iria ser seu para sempre.
Mas o destino teria que ser ainda mais cruel com aquela garota
sofrida.
Em poucos meses, fica grávida do rapaz e este, sem condições para
mantê-la, a abandona dizendo-lhe que ainda não estava preparado
para assumir a responsabilidade de uma família.
Sozinha só no mundo e gerando um filho, sua única saída seria
voltar para casa e agüentar as represálias de seus pais e irmãos.
Já com três meses de gravidez, faz o duro e longo caminho de
volta. Ao chegar em casa tenta explicar ao pai tudo o que
acontecera, mas este sequer quer ouvi-la. Diz que ela pode ficar
até a criança nascer, pois não iria deixar que seu neto nascesse
na rua. Mas deu ordem expressa para que ninguém daquela casa
trocasse sequer uma palavra com ela. E assim foi feito.
Os meses transcorrem cheios de tristeza para Joana. Ajuda nas
tarefas da casa sem reclamar. Não vai mais à missa aos domingos
como antes ia com a mãe, pois até isso o pai a proibira.
Faz suas refeições somente, quando todos já acabaram de comer e já
terem se levantado da mesa. Em resumo, agora era tratada, tal qual
uma criada.
Todos os dias,após concluir suas tarefas domésticas, recolhe-se em
seu quarto para tentar descansar para o próximo dia. Seu sono é
invadido por sonhos maus e a pobre mal consegue dormir. Passam-se
mais seis meses e ao chegar no último mês de gravidez, Joana tem
seu filho.
Após sua recuperação, seu austero pai cumpre a promessa e a põe
fora de casa mas fica com a criança. Joana estava na rua
novamente. Agora sem casa, sem família, sem Pedro e sem o bebê que
tanto esperara, sente-se agora mais só do que nunca.
Deixando sua cidade natal para trás, segue de carona até chegar em
São Paulo e lá recorre à um convento para se refugiar. As freiras
a recolhem com carinho e Joana agora parece estar segura.
Trabalha na cozinha do convento para pagar suas despesas de
estadia e alimentação e é bem quista por todas as irmãs. Havia
contado toda sua estória à madre superiora e esta entendera os
motivos pelos quais Joana havia saído de sua casa.
Mas um dia, ao ir à capela do convento rezar, como fazia todas as
manhãs, Joana teve uma bela visão da Virgem Santíssima. Uma Luz
azulada, invadira a capela e Joana teria visto bem de perto Nossa
Senhora a lhe estender a mão,lhe chamando para vir a ser uma serva
de Jesus Cristo.
A emoção toma conta da menina que, chorando, corre ao encontro da
madre e lhe conta o ocorrido, dizendo que recebera um chamado
divino e que agora tinha certeza de sua vocação. Queria também ser
freira e servir a Deus.
A madre sabia de toda a estória, pois Joana havia contado tudo em
detalhes. Sabia também que Joana havia ficado grávida e que tinha
um filho e que pelas leis da igreja, isso seria praticamente
impossível. A principio, negou a Joana o pedido dizendo que não
dependia dela a decisão pois precisaria entrar em contato com seus
superiores eclesiásticos, para que concedessem essa exceção.
Faz o contato e a decisão é unânime. Teriam negado o pedido de
ingresso de Joana ao convento pelo notório fato. A madre
comunica a menina a decisão e diz-lhe que ela poderia ficar ali
somente mais alguns dias, pois não era sadia sua permanência no
local. A menina se desespera, pois sabia agora de sua vocação.
Os dias vão se passando até que um dia a madre a chama em sua sala
para lhe dizer que desocupasse o convento o mais rápido possível.
Triste, a menina concorda, mas por inspiração divina convida a
madre para ir até a capela rezar pela última vez com ela. A madre
aceita e as duas adentram pela capela. Ali permanecem rezando por
longas duas horas. Terminam a oração e já iam se levantando quando
novamente aquela luz de cor azulada invade novamente o recinto e
em meio o feixe de luz multicor, novamente se faz presente a
figura da Virgem Maria. Desta vez A Virgem ordena que a Madre
aceite Joana como freira naquele convento, pois este era o desejo
de Deus...

A pergunta:


1 - Deveria a madre confrontar-se com seus superiores para se
fazer cumprir a vontade divina que lhe fora ordenada através da
visão que tivera juntamente com a menina, mesmo que isso colocasse
em jogo o seu cargo naquele convento. Teria que ir até seus
superiores e contar-lhes tudo e convence-los a fazer uma
concessão mudando as normas e os estatutos para que a igreja
aceitasse Joana como freira daquele convento...

ou

2 - Esquecer a visão que tivera e acatar a ordem de seus
superiores, desobedecendo a divindade de Nossa Senhora, e colocar
Joana para fora do convento como assim lhe fora ordenado...



Idéia para o Desfecho:

Se a mais votada fosse a 1ª opção a madre iria até os seus
superiores e contaria sua estória da visão que tivera e os haveria
de convencer a mudar as regras e a aceitar a menina como freira
daquele convento. Posteriormente, Joana se transformaria em uma
religiosa e após algum tempo, voltaria a Tibagí, sua cidade
natal, e pediria perdão aos pais que a aceitariam então novamente
como filha. Mas, de comum acordo com os pais, jamais iria dizer a
criança que gerara, que ele era o seu filho. Seria uma omissão que
Joana carregaria pelo resto de sua vida, por devoção à Virgem
Santíssima. Deus a compensara sobremaneira.

Se a opção fosse a 2ª Joana iria embora do convento pela decisão
dos superiores. Fica na casa de uns parentes de sua mãe,
trabalhando para se sustentar. O pai, toma conhecimento do
acontecido e vai até São Paulo busca-la de volta, arrependido.
Retornam para casa e Joana promete que de agora em diante,
procuraria seguir sua vocação do lado de fora do convento. Faz
perante a Imagem da Virgem Maria, o seu voto de abnegação aos
prazeres terrenos e promete que, doravante, só viverá para o seu
filho e sua família. Tem a última visão da Virgem em sua casa
dizendo-lhe que não ficasse preocupada, porque, mesmo daquela
forma, O Pai Celeste já a havia aceitado como Sua filha.

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