Número do Registro de Direito Autoral:130952508075730700
Então o crime institucional perfeito existe? Não há punição pelas muitas quebras de decoro parlamentar? Os “pralamentares” do Senado estão se vendendo cada vez mais barato. Por algumas resmas a mais de papel para seus gabinetes, em troca de passagens extras nas viagens internacionais, tendo uma piranha (ou duas) por companhia; em troca da transferência de funcionários de senadores para Brasília; vista grossas para a contratação de parentes, instalações em gabinetes mais amplos. Afinal, “é dando que se recebe”: em troca de um apartamento funcional em bom estado de conservação, substituição do carro oficial usado por um novinho, do ano; combustível excedente, qualquer permuta, mais característica de uma Câmara de vereadores, ou da Câmara baixa dos Estados, mas suficiente para comprar as “inconsciências” dos 40 canalheiros que deveriam representar os interesses e as expectativas de seus milhões de eleitores. A representatividade “pralamentar” de interesses pessoais datados, corporativistas. O presidente Renan Babá conhece mesmo o seu gado. Tem plena confiança de que seus 40 canalheiros estarão a postos para protegê-lo no troca-troca de interesses, por mais mesquinhos que sejam. E os interesses do Brasil e de seus milhões de eleitores se dissolvem na barganha urdida na malandragem dos pequenos favores, dos pequenos assassinatos do que resta da esperança de dignidade na sociedade brasileira. Judas vendeu um Deus por 40 dinheiros, César foi traído por seus pares no Senado romano. No “Pralamento” brasileiro, os “pralamentares”, em troca de alguma influência nos ministérios, na bancada do governo, livram a cara do presidente do Senado pelos quarenta dinheiros dos pequenos favorecimentos feitos por baixo do pano, por meio da “votação secreta”, no processo de ter as despesas pessoais pagas por um lobista da Mendes Júnior. Ele sabe como comprar a inconsciência de seus 40 canalheiros. A esses são autorizadas viagens internacionais em companhia de mulheres com jeito de, quando voltar, quem sabe também façam uma boquinha na Play-boy. Em troca de passagens internacionais e hospedagem em hotéis cinco estrelas, os 40 canalheiros vendem a “mínima morália” da Câmara Alta “pralamentar”. A indignação nacional de seus milhões de eleitores é simplesmente ignorada. Os 40 nazistas da tropa de choque esperta de Renan Babá, escondidos covardemente por detrás da bancada da votação secreta, submergem milhões de eleitores na mais vergonhosa metástase eleitoral. Os milhões de eleitores brasileiros transformados em foco secundário desse câncer totalitário que absolveu Renan Babá no plenário do Senado. E ainda há quem diga que a votação foi democrática. Como democrática, se secreta? Secreto quer dizer restrito a domínio reservado. Que deve ser conhecida apenas por quantidade limitada de pessoas. Secreta quer dizer confidencial, escondida, oculta. Democrática, segundo o Aurélio, seria uma votação que teria de se adaptar aos interesses dos eleitores dos 40 canalheiros de Renan Babá. E não ao corporativismo e a interesses localizados dos mesmos. A vontade e as expectativas políticas de 170 milhões de brasileiros frustradas pelos quadrilheiros de Renan Babá. Vergonha nacional e internacional. O Estado totalitário brasileiro representado por “elles”, os 40 chupões de Renan Babá, é mais forte que as evidências expostas pelas mídias do 4° Poder? Os 40 chupões de Renan Babá vão vencer toda a vontade de dignidade de um país? Essa minoria representa o poder corporativista de um nazismo institucional à toda prova. O nazismo de Hitler representava a suposta superioridade da raça ariana sobre as outras. A suposta superioridade de um povo sobre todos os interesses dos outros povos. Renan e seus 40 canalheiros, proporcionalmente, representam a vontade de quatro dezenas de políticos prevalecendo sobre a representação popular de 170 milhões de brasileiros. Excluídos destes, as empregadas domésticas de Renan e a escola de samba do regimento interno do Senado (não do povo) mas de seus quadrilheiros. Não é possível que esse resultado prevaleça. Seria o reconhecimento nacional e internacional de que não há representatividade popular no Brasil, mas interesses corporativistas. O presidente do Senado mostrando ao Brasil e ao mundo globalizado quem é que manda e desmanda nesse país. Então, os milhões de eleitores brasileiros não passam de animais irracionais de cabresto? E o 4° Poder não pode nada contra Renan Babá? O Brasil se cala e aceita? E fica por isso mesmo? O 4° Poder não pode nada? Vão prevalecer os interesses menores da corrupção miúda dos senadores quadrilheiros? O corporativismo nazista do Estatuto Interno do Senado, a regulamentação da votação secreta vai prevalecer? Não há mais Brasil? O Brasil que vale e vigora é o de Renan Babá e seus 40 respeitáveis malfeitores? Vale lembrar que o ex-presidente do “impeachment”, para trabalhar melhor os seus colegas de Senado, e livrar a cara do senador quadrilheiro que o apoiou em todos os momentos, pediu licença e deve estar rindo às gargalhadas da mídia, dos jornalistas do 4° Poder que ajudaram a população a “impeachá-lo”. O ex-presidente é o mesmo que em dezenas de programas de entrevista, jurou aos jornalistas que o entrevistavam, que jamais voltaria à política. E agora está de volta. E com certeza deseja de Renan o apoio a uma possível nova candidatura à presidência da República. Sim, por que a lógica dele é a de que se 40 quadrilheiros livraram a cara de seu Chefe, desmoralizando a imprensa e ignorando a vontade popular de 170 milhões de brasileiros, então, não custa nada organizar uma outra candidatura à presidência, a partir da acusação de que a imprensa estava errada ao divulgar sua parceria com PC Farias, assim como a “inocentação” de seus processos no Supremo. A impunidade de Renan Babá é um precedente que nenhum brasileiro que respeite a própria cidadania deve acatar. A votação secreta permitiu que o decoro “pralamentar” fosse parar no esgoto fedorento da impunidade institucionalizada. E não apenas o “decoro” de Renan. Eu, enquanto eleitor, solicito um pouco de decência. Um mínimo de Ética. Por favor.