À deriva do vento
Os campos exalam o olor do rosmaninho
Do alecrim, do tomilho e da bolota
Se misturam ao pó da estrada no caminho
Absoluto expoente, da mãe patriota
Ouso dizer, na errática jornada
Dentre o ontem, o hoje e o amanhã
Sem renúncia imprevidente ao nada
Confundir o dissoluto, com a virtude sã
Como epitáfios sarcásticos de mesuras
Vejo meus versos cair em desalinho
Sem o aroma e olor do rosmaninho
Sem público, sem palmas sem canduras
Como ovos esquecidos em seus ninhos
Não alçam vôo, nem serão passarinhos
São Paulo 05/01/2009
Armando A. C. Garcia
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