O filme quis reviver o épico”Entre Dois Amores” ou ao menos se aproximar do épico dos épicos...”E o vento levou”.
De parecido,tem a duração(quase três horas),a montagem(monumental) e a excelente fotografia.
A Austrália é um continente longo e vazio;o filme,também.Porém,a gente assiste com agrado e nem vê o tempo passar;no meu caso,que sei muito pouco sobre esse continente misterioso,adorei reviver a Austrália dos anos quarenta,com seus aborígenes místicos e mágicos e os barões do gado lutando pela sobrevivência num continente hostil,suando para transportar cerca de 1500 cabeças de gado através de despenhadeiros e desertos áridos.
Tudo isto temperado com uma bela estória de amor,que,como todas,tem um casal louco prá ir prá cama e uns vilões para atrapalhar ;neste caso,um barão de gado inescrupuloso,e,por fim os japoneses que bombardearam a Austrália em 1940.
Para adulçorar a trama,o diretor Baz Luhrmann,acrescentou um garotinho nativo adorável,que os “aussie”(como os australianos eram chamados pelos ingleses)nomeavam de “café com leite” e só foram vistos como gente nos anos sessenta.
Desculpem-me,mas,eu,pessoalmente,não gosto da Nicole Kidman e,neste filme,ela não está bem;o mocinho,chamado no filme de “The Drover” (o Condutor)é o boa pinta Hugh Jackman,não desmerece o papel.E o vilão,David Wenham,um pouco careteiro,mas,faz parte.
Olha,diverte;se quiserem,apanhem aqueles quilométricos sacos de pipoca,mais um tonel de refrigerante e encarem.Para tornar o programa ainda melhor,que tal jantar no Outback bebericando uma caipirinha “aussie?
Quem sabe “King George”,o aborígene gulapa(mágico)não abre seus caminhos,cantando uma música para lhe fazer voltar?Boa Sorte!