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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->Minc, com M de Maconha, na Audiência dos doidões -- 18/06/2009 - 14:13 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Audiência sobre maconha descamba para a `comédia`

Valter Campanato/ABr

por Josias de Souza

Carlos Minc, o “Polemizador-geral da República”, esteve na Comissão de Segurança Pública da Câmara.

Foi explicar sua parcipação na “Marcha da Maconha”, em 9 de maio, na praia de Ipanema.

Acusado de fazer a apologia da droga, o ministro do Meio Ambiente disse que não, de jeito nenhum, em absoluto.

“[...] Não fiz apologia da maconha. Pelo contrário. Não defendo que o cidadão fume maconha...”

“...Defendo mudanças na lei, para que o usuário tenha mais segurança, até para procurar tratamento”.

Autor do requerimento que levou Minc à Câmara, Laerte Bessa (PMDB-DF), um deputado que também é delegado de polícia, não se deu por convencido.

Reiterou a acusação de que o ministro fizera, sim, apalogia do crime. Marchara, segundo disse, ao lado de “doidões”.

Perpétua Almeida (PCdoB-AC) saiu em socorro de Minc. Disse que Bessa deveria convocar também FHC.

O ex-presidente defende idéias análogas às do ministro. Acha que o consumo de drogas é caso de saúde pública, não de polícia.

Ecoando Perpétua, Domingos Dutra (PT-MA) também defendeu a necessidade de chamar FHC à comissão.

Bessa deu de ombros. Munido das prerrogativas de deputado, falou como delegado. A seu juízo, Minc deveria ser “indiciado” criminalmente.

Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), promotor licenciado, interveio: “Se algum delegado o indiciar, o Ministério Público extingue o processo...”

“...A marcha [da maconha] foi autorizada por um juiz. Não há apologia alguma”.

Delegado como Bessa, o presidente da comissão, Alexandre Silveira (PPS-MG), tomou as dores do colega de ofício:

“O Ministério Público não pode extinguir o inquérito. Apenas opinar ao juiz pela extinção”.

Minc adicionou à controvérsia ingredientes etílico-sexuais: “O álcool é uma droga muito mais pesada do que a maconha, 20 vezes mais mortal...”

“...E tem aquela propaganda terrível, que fala sobre a disfunção erétil do macho, no popular clássico, a broxação”.

O ministro provocou o delegado-presidente. Perguntou a Silveira se teria coragem de propor uma lei proibindo o consumo de bebidas alcoólicas.

O deputado saiu pela tangente. Diferentemente do que ocorre com a maconha, disse ele, o Ministério da Saúde não classifica o álcool como entorpecente.

Nesse ponto, a deputada Marina Magessi (PPS-RJ), uma inspetora de polícia, arrastou Lula para o debate. Disse que uma lei anti-álcool teria vida curta.

“O presidente Lula vetaria qualquer coisa que proibisse o consumo de álcool”, a deputada enfatizou.

Seguiu-se uma cena que emprestou à audiência, já demasiado cômica, um quê de picaresco.

Marina Magessi folheava um maço de documentos. Atrapalhou-se no manuseio dos papéis. Justificou-se: “Eu já tô doidinha”.


Minc dirigiu à deputada palavras de estímulo: “Fique à vontade, fique à vontade”.

Como se vê, a audiência foi um completo barato. Coisa pra maluco nenhum botar defeito.


Postado por Blog da Resistência Democrática no Resistência Democrática em 6/17/2009 08:16:00 PM



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