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Não me restou outra saída a não ser obedecer. E por mais que eu não me agradasse estar em seus braços, não via como escapar. Apesar de impossibilitada de andar sozinha e menos ainda de correr atrás de mim, Luciana me dominava de tal forma que não pensei em momento algum, apesar da recusa inicial, não obedecer. Eu sabia quais eram as verdadeiras intenções dela apesar de ser tão somente um garoto de 12 anos. Aquela primeira semana ali na ilha me ensinou mais do que os últimos dois anos e o que me permitiu chegar a tais conclusões.
Eu não queria me deitar com ela, mas no fundo não era isso o objeto de minhas preocupações. Temia que Marcela e Ana Paula chegassem e me vissem nos braços daquela que naqueles poucos dias se torna a maior fonte de desavença no grupo. E, antes de agachar e me aninhar ao seu lado, olhei para fora a fim de ver se as duas não vinham.
O sol estava se pondo, deixando aquele tom avermelhado tão comum nos finais de dias. Isso me levou a concluir que elas não tardariam, pois, por mais corajosas que fossem, não iriam querer andar pela mata à noite. "Elas vã ficar com medo. Daqui a pouco vão aparecer. É melhor eu fazer o que tiver de ser feito logo. Assim ela me deixa em paz", pensei.
-- Isso! Assim que eu gosto do meu maridinho -- disse Luciana me abraçando. -- Agora vem cá! Beija e acaricia sua esposinha. Faça seu papel de homem! -- Nisso ela levou-me a mão até o falo encolhido e o acariciou.
"Sabia!", exclamei com meus botões. "Se é isso que ela quer, então vou fazer logo e acabar com isso antes que elas Marcela e Ana Paula cheguem"
Um tanto irritado, rolei para cima dela e disse-lhe:
-- Já que você quer que eu seja o seu marido, então, sua puta!, vou fazer a minha parte. -- levei a boca até os seios dela e os chupei. Isso acabou dando início a minha excitação. -- Agora toma, sua cadela! – acrescentei, afundando os quadris no meio de suas pernas embora não a tenha penetrado.
Essas palavras a inflamou.
-- Então você acha que sou uma puta? É isso?
-- É
-- Então me ame como puta.
Eu não fazia menor ideia de como se tratava uma puta. No entanto, por se tratar de uma puta, o que me levava associar o nome às prostitutas, deduzi que não eram objeto de afabilidades. Os homens que se deitavam com elas deveriam humilhá-las, tratá-las com grosserias e até bater-lhes. De forma que me senti no direito de fazer o mesmo. Aliás, naquele pedido vi uma oportunidade de machucá-la sem que ela encarasse isso com uma agressão de fato e até mesmo como um ato de vingança.
A imagem que antecedeu o ato e a qual se formou em minha mente tão clara como se fosse real acabou despertando em mim uma intensa sensação de prazer, sensação essa que acabou por me excitar de vez. Aliás, não era a primeira vez a experimentar essa sensação. Com minha prima ocorrera o mesmo.
Ajeitei o falo entre a vulva dela com a mão e enquanto dizia “Então toma, sua puta!”, penetrei-a com violência. Lucina apenas soltou um “ai” um pouco longo e cerrou os olhos. Os quadris tornaram a subir a afundar com toda a força. Ela novamente suspirou outro “ai” porém acrescentando um “que delícia”, o que me desapontou, pois tencionava causar-lhe dor e não prazer.
Por isso tive de mudar de estratégia. Levei os lábios a um dos seios dela e mordi-lhe o mamilo. Pensei em mordê-lo com toda a força, a ponto de arrancá-lo. Mas alguma coisa dentro de mim impediu-me de exercer a pressão nos maxilares para fazê-lo. Assim, a mordida foi forte, o bastante para lhe provocar dor, o que a levou a reclamar:
-- Ai, seu grosso! Isso dói!
-- Fica quieta, puta! – foi o que respondi. -- Se você quer ser uma puta, então não reclame.
Ela não disse nada. Eu porém pensei: “Bem feito! E vou fazer mais. Vou te bater”
Em seguida uma bofetada atingiu-a na face. Não foi uma bofetada forte, mas o bastante para me dar um prazer intenso. E nem me importei quando ela reclamou:
-- Seu viado!
-- Sua puta! – falei, dando-lhe mais uma bofetada, agora na outra bochecha.
Ela tentou me retribuir a bofetada, mas segurei-lhe o braço antes. E olhando-a bem fundo nos olhos, continuei a martelá-la entre as pernas. Súbito fui envolvido pelo véu do prazer e os gemidos acompanharam o gozo.
-- Isso! Goza! Faz o nosso filho! -- exclamou ela com prazer. Só então me dei conta de que o fim dela não era o seu gozo, mas o meu sêmen. Ela queria um filho e estava disposta a qualquer sacrifício para engravidar-se, até mesmo ser por mim chamada e tratada como uma puta.
Imediatamente sai de cima dela, como se isso pudesse evitar que ela ficasse grávida. Mas não foi só por isso a minha pressa em me desvincilhar dela. Não queria ser surpreendido pela Marcela e minha prima naquela posição. Caso isso acontecesse, Marcela estaria perdida para sempre.
-- Vem cá! Eu ainda não gozei.
-- Problema seu! -- retruquei, saindo da cabana e caminhando em direção à água, a fim de me lavar. E enquanto caminhava a passos lentos, uma sensação de ódio e arrependimento se misturavam; ódio por ter sido ludibriado e arrependimento por ter chegado ao gozo, permitindo assim que ela pudesse se engravidar. Aliás, isso me levou a esquecer Marcela e Ana Paula por algum tempo. Só pensava no que faria se de fato Luciana ficasse grávida. Que explicação daria para meus pais e para os pais dela. Achava que teria de me casar com ela e passar o resto da vida ao seu lado, embora soubesse que existem pessoas que se casam e depois se divorciam. Mas naquela época o divórcio ainda não era tão comum e as pessoas que se separavam não eram vistas com bons olhos. Ainda havia um certo preconceito quanto a ser divorciado.
Pouco depois, vi as duas retornarem. Caminhavam pela faixa de areia conversando alegremente. Pelo jeito falavam de algo engraçado. Elas não me viram na água. Isso inclusive me permitiu observá-las. E enquanto as observava, pensei: “Ela é linda! Ah, como eu queria que ela estivesse no lugar daquela vagabunda! Eu ia tratar ela com tanto amor e carinho. Nela sim, eu ia ficar feliz de fazer um filho nela. Como queria abraçar ela e beijar ela também. É tão difícil ficar perto dela e não ficar olhando pra ela, pra Luciana não brigar. Mas ela não conseguir separar a gente. Não vou deixar que ela continua a me dominar assim. Vou arrumar um meio de acabar com isso. Vou mesmo! Não vou transar mais com ela. Não quero que ela fique grávida. Odeio ela! Isso sim! Se ela continuar a me obrigar a fazer essas coisas, ainda mato ela. Ela que não me subestime!”. Súbito, ocorreu-me que elas encontrariam Luciana deitada nua e iam ver ela melecada no meio das pernas. Iriam perguntá-la o que era aquilo. Talvez para se vingar ela dissesse que eu a estuprara. “Ela bem capaz disso! E mesmo que ela não diga, minha prima vai saber o que aconteceu. Ela vai se lembrar do que fiz com ela. Vai reconhecer o cheiro. Vai saber que aquilo veio de mim. Quando fiz com ela, aquela coisa nojenta ficou nela. Ela já viu a gente se beijando. Sabe que a gente anda fazendo coisas escondidos. Ai vai ter certeza. Merda! E agora? O que faço?”.
Então ocorreu-me de gritar por elas e chamá-las para virem ao meu encontro. Assim eu teria tempo de pensar no que fazer. E foi o que fiz.
-- Luciana!... Ana Paula!... Hei, vocês duas! Venham até aqui!
Pararam e me procuraram. Quando me encontraram, acenaram. Cheguei a pensar que não viriam. Contudo, viram em minha direção e principiaram a correr.
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