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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->TENTAÇÕES DE UMA POBRE SENHORA -- 06/01/2003 - 16:29 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TENTAÇÕES DE UMA POBRE SENHORA
Roteiro de Coelho de Moraes sobre obra de Dalton Trevisan
Personagens: João, Maria, policiais (3), porteiro, homens de encontro

CENA 1
(João entra com Maria no colo. Ela vestida de noiva. M sob os lençóis. Luz na sala. Ela vai de manso para espiar pela fresta da porta. Vê o João bebendo).

CENA 2
(O casal saindo cinema, beijos no jardim, M no banho, M sob lençóis. M vai espiar e o J está bebendo).

CENA 3
(M prepara alguma coisa e bota na bebida do J. Saiu a beber na rua. J no bar com os amigos. Retorna trôpego para casa. Entra e tira a mulher da cama. M é levada para o chuveiro. J quer tomar banho com M. rasga a camisola dela. Pede para desfilar pelo banheiro. Fica mais tonto ainda cai. Barulho de chuveiro).

CENA 4
(anos após. M se cuida o espelho. Troca de roupa com janela aberta. Ela pega vidro que está guardado em uma caxinha, mói, e mistura na bebida de J, como coisa do dia d dia. Ele bebe. Ela sai, toda sensual. Ele sofre de dores e baba no travesseiro. M bate a porta. Ao passar pelo corredor um sujeito passa a mão na bunda dela. J com dores no quarto. M gosta e devolve um aperto no pênis do cara, por cima da calça. J vomitando no banheiro. O sujeito e M trocam um beijo. O vômito de J é sangue. O beijo esquenta bastante. J cai desmaiado.)

CENA 5
( M sai e deixa o filho maior com a vizinha. Sai com a filha. Vai ao cinema. A filha comendo pipoca e doices, lambuzada, sem prestar atenção em nada. Rastreio da câmera para um sujeito assistindo o filme, suspirando e gemendo. Surge a cabeça de M que está em felação com o sujeito).

CENA 6
(M tenta se aproximar de J na cama deles mas J está dormindo e passa a roncar).

CENA 7
J: O seu comportamento não é de senhora honesta.
M: O seu comportamento não é de homem.
J: Você parece um mulher da vida.
M: Você não parece coisa alguma. Você só bebe.
J: Igual a mulher a toa.
M: Você nem percebe que eu preciso me satisfazer na cama.

CENA 8
J a vê entrando num hotel com uma pessoa. A vê de mãos dadas sob uma ponte, aos beijos com um jovem. A vê sendo bolinada, deitada na varanda de uma casa.

CENA 9
(M pintando pés, frente ao espelho).
M: Preciso de mais dinheiro.
J: Por que não vai ganhar na rua?

CENA 10
( M sai de um táxi com um jovem e entram no hotel. Batidas na porta do quarto).
Voz de homem: Quem é?
Lá de fora: Polícia.
(Policial espera impaciente, no corredor. Porta aberta, policiais entram.

CENA 11
(J no corredor, nervoso, fumando, andando de lá para cá, falando para o porteiro).
J: Sabe o que é? Ela não liga mais para mim. Ele nem costura mais os botões me minha calça. Relaxa na cozinha... bate sem piedade na filha menor de cinco anos que sofre de bronquite asmática.
Policial: (para J) O senhor pode vir aqui.
(J entra no quarto e vê os dois)
J: É ela mesmo.
M: Não é o que vocês estão pensando.
J: Claro que não.
M: Eu vim aqui buscar remédio para o seu alcoolismo, foi isso.
Policial: Encontramos esse papel debaixo da cama. Deve ser a receita.
(J toma rispidamente)
Voz off de M: Zeca, meu Zequinha. Espero-o às oito da noite no mesmo lugar, entendeu? Antes eu sentia remorsos de marcar encontro. Agora não. O fulano tem me maltratado demais. Toda sua de corpo e alma – Maria.
(o casal está pondo a roupa, silenciosamente).
Voz off de M: Minha Nossa Senhora, abençoa esse nosso amor. Olha esta pobre mulher tentada pelo demônio do pecado, ilumina minha alma. Abençoa o nosso amor.
M: São rascunhos... mas a culpa maior não é dele?... que me negando seus carinhos, me humilha no orgulho de ser mulher? Não é culpa dele?

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