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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->OS PECADOS DA TRIBO (16) -- 31/01/2003 - 10:16 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS PECADOS DA TRIBO (16)
Roteiro de Coelho De Moraes, sobre a obra de José J. Veiga
Personagens: O Herói (H), Rudêncio (R), Consulesa (Ca), Cônsul (C), Pessoa (P), Pessoa 2 (P2), grupo de festeiros, rapaz com cicatriz (RC), Mamãe (M), Zulta (Z), Edualdo (E), Turunxa (T), turunxas, dois rapazes, dois garotos Obelardos (G), três Homens a: b: c:, vizinha (V), Velho Obelardo (VO), Cinco Rapazes que cercam Ca, Oldívio (O)

CENA 21
(H retorna à noite para casa e vem R sentado à porta, cabeça baixa).
H: Aí, Rudêncio, o que é que conta?
R: Me dá um cigarro. (H dá o cigarro e R fuma) Gosto esquisito. Que folha é esta?
H: Coisa boa. Fuma que faz bem.
R: (fumando sem prestar muita atenção) Estou preocupado com você e com Zulta. Ela tomou jeito ou ainda está dando trabalho para você?
H: Zulta está bem. Ficou noiva e tal.
R: O que é você pretende fazer se a coleta de artefatos ficar suspensa indefinidamente... ou... se houver mudança no pessoal dos Armazéns Proibidos? (H fica olhando ara ele como que percebendo algo.Pausa).
H: Fale logo. Qual é o seu problema?
R: Bom isso... (sopra uma baforada longa).
H: É... muito bom. Mas qual é o problema?
R: Que fumo é esse?
H: Não é fumo. É mentastro.
R: mentastro? Eh, rapaz. Veja lá. (fumou até o mais que pode, jogou a guimba, pisou) O problema é aquele bendito bicho.
H: Bicho? O Uiua?
R: É. Está pondo as manguinhas de fora. Só o bobo do meu sogro não vê. Quando abrir os olhos será tarde.
H: Tome jeito meu irmão. Com ciúme de um bicho.
R: Você é igual a Joanda. Ela também não acredita. Ninguém acredita.
H; E é para acreditar? O q1ue é pode um animal doméstico contra um Caincara?
R: Não é contra mim. Não é pessoal. É contra todos nós.
H: Agora é que eu não entendo mesmo.
R: Esse é o mal. Vamos todos ser evaporados sem entender. Talvez seja o que merecemos.
H; Acho que o mentastro não lhe fez bem. Conta tudo desde o início.
R; Para mim aquilo foi arranjo dos inimigos. As coisa vão de mal a pior, não só na palácio, mas no território inteiro. Sabe como é? Presente de grego. Cavalo de Tróia. Introduziram o bicho preparando o caminho do golpe. Mas vá dizer isso ao velho. Ele está enfeitiçado. (mãos segurando a cabeça apoiadas nos joelho) Devia ter dado um jeito no bicho quando ele foi lá em casa. Agora é tarde. Crescer, manda e desmanda. Joga uns contra os outros. Sabe que dá ordens por cima do velho?
H: E não se pode abrir os olhos do... do velho?
R: E eu já não tentei? Não só não adiantou como ainda fiquei malvisto. Passei por intrigante e estou na lista negra.
H: Espera aí! Você é Caincara. Não pode ser prejudicado por um bicho meio quadrúpede e meio bípede.
R: Não posso? Você não sabe o que é aquilo. Aquilo bicho é um supaia. Só falta o garfo de três dentes. O chifre ele já tem. Sabe a última que ele fez?
H: Espere um instante. Não quer comer alguma coisa?
R: O que é tem para comer?
H: Podemos fritar umas cairas. A esta hora é fácil pegar um monte delas na beira do rego.
R: Caira não. Até a gene tirar o leite. Quero comer nada não. Quero mais um cigarro, mas, daqueles.
H: Não tenho mais. Os Obelardos que me arranjaram.
R: Deixa pra lá. Depois você me arranja um estoque com eles. Sabe o que o bicho fez dia desses? Mandou o velho calara a boca em uma reunião. E o velho calou. Meu irmão. Não estou exagerando.
H: E a brigada que você organizou? Vai ficar de braços cruzados assistindo?
R: Que brigada que nada! Tantas me fizeram que deixei o comando.
H: Eu não sabia. Imagine se eu tivesse entrado.
R: É. Você fez bem de não entrar. Agora puseram lá um dois de paus. Mas quem manda mesmo é o Uiua. Escreva o que eu estou dizendo. Ele vai tomar conta de tudo. A propósito, aquele meu balão ainda está aí?
H: Vou contar o que fizemos com ele.
(Câmara em afastamento lento enquanto os irmãos conversam. Em certo momento R põe a mão sobre o ombro de H e a outra mão nos olhos como se chorasse. H faz movimentos amplos com os braços. Coisas de vôo).

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