Como chama que sobe e não se apaga
Arde sorrindo se contorcendo ao fogo
Em espiral subindo, e só, dançando
Soluça convulsivamente em graça
Estranha, e no exótico sapateado
Vem, e se aproxima em flama
E das palmas compostas em descomposta harmonia
Contagia, ejetando-se da ventania por todo o arvoredo
E por entre eles se instalando, deflora, e chacoalha
A música contagiante e nua, que do mistério é segredada
Em ais vulcânicos, até que do tablado soam vindos
Arrebatados repiques pelos dedos nas castanholas
Como se fossem do inferno brotados raios deleitantes
Como vozes também dele eleitas, delambendo-se
Deitando gozo ao ar!