O DEMÔNIO
Afinal de contas, quem é ele?
É interessante pensar nos símbolos que os homens criam para coisas que desconhecem ou teme conhecer. O demônio é um deles. Filmes, livros e pinturas geram em nossa mente uma espécie de alegoria: chifres, rabos e asas. Terrivelmente assustadora, essa alegoria aterroriza o sonho das crianças e continua a assombrar nossa vida adulta, ainda que tenhamos consciência de que se trata de uma simbologia, uma imagem em nossa mente daquele anjo que um dia se rebelou contra seu Criador. Entretanto, convém que se pergunte, que se pense a respeito. Afinal de contas, quem é ele?
Acho simples, porém muito correta a resposta que um dia ouvi de um padre, durante a minha adolescência. O demônio não aparece para os seres humano de forma alguma. Ele sutilmente se esconde e, também de foram muito sutil nos tenta. Você só enxerga o demônio nos efeitos dos atos cometidos sob sua sombra. São devastadores. Neles se enxerga a nítida (não mais sutil) presença do Mal.
Muitos exemplos vivenciados por nós poderiam ser aqui lembrados. Pensemos no adultério, que destrói o respeito que existia entre um casal, abala para sempre a vida dos filhos, arrasa com planos um dia idealizados – e somente quem um dia os fez sabe da importância deles para que um casamento perdure. É obra maligna do demônio que, insidiosamente, leva seres humanos a pisotear sem remorso aqueles a quem um dia se comprometeram a amar e respeitar.
Não que o homem seja um joguete nas mãos do demônio. Seria muito fácil pensar isso. Nosso dedo acusador nos isentaria de toda a culpa. Ao contrário. Toda a culpa é daquele que comete o erro. Em momento algum somos privados da consciência de que estamos fazendo algo errado. Por vontade própria, enterramos essa consciência em algum lugar bem profundo e mais tarde nos desculpamos dizendo que não pensamos direito para fazer o que fizemos. O que é pior? Acho que não assumir a responsabilidade da culpa e se julgar uma vítima das circunstâncias.
O demônio existe. Está ao nosso redor, como um leão rondando sua caça, esperando oportunidades. Todos sabemos disso. E seu alvo principal é, sem dúvida, a família. Afinal de contas, é ela que forma pessoas com capacidade e força de defender valores que são a base de uma sociedade harmoniosa. É assustador pensar como o sexo está perdendo seu sentido de consumação do amor entre duas pessoas para se transformar em simples necessidade. É preciso que nos armemos para defender a família. É ela o alvo do mal. Sem ela, não é possível que se realize de amor que Deus tem para conosco. Não seria essa a meta do demônio? Pensemos a respeito.
Por
Mariza Helena Simões, em “Nossa Igreja Católica”, um Jornal da Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio, de Araras/SP, Ano III, n.º 25, setembro 2003, página 4.
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PADRE QUEVEDO–CLAP, liberte-se de superstições e viva muito mais FELIZ.
LUIZ ROBERTO TURATTI.