A rose morreu. Vi o enterro da rose. Morreu de fome e de sede. Morreu de inanição. O coração infartou. “AVC”.
Após o primeiro impacto ao ver meu corpo estendido, vestido de vermelho, queimada de sol, perguntei-me: “o que faço aqui estendida se minha alma é radiante e tem o amarelo-sol?”
Meu sorriso cobre o Rio de Janeiro dourado. Porque irá ele deitar e dormir se há toda a cidade para iluminar? Se meus dedos buscam afoito um papel e uma caneta?...
Meu chefe ainda está no mesmo e não se interessa se estou estendida: ele quer o Relatório. O Relatório! Falta ainda a Ata. Onde está a Ata?
Fiquei olhando-me assim sem vida e não gostei.
“Esta não é a mulher que carrega meu nome”. Meu corpo nasceu para guerrear. Meu corpo nasceu para viver e lutar. Meu corpo nasceu para vencer!!! Não pode continuar inativo. Não existe esta rose pálida e fria. Esta, esperou que só com o eu coração poderia alcançar a verdade. Esta, esqueceu que este mundo é de guerra, onde o mais fraco é esmagado.
É preciso empunhar a espada! O coração em uma mão e na outra a espada da Justiça!
Fiz então o enterro desta rose inválida: Saí desse corpo e firmei-me em meu lugar. Finquei meu coração na “Arte da Justiça”.
Olho meus amigos e amigas de jornada: Todos me saúdam e brindam-me com um “Bom dia!”.
Feliz. Ressuscitada. Criei um novo corpo mais possante. Mais atuante. Mais guerreiro. Mais valente. Mais Brasileiro.
Renovei-me. Sou vencedora. Dependo unicamente de mim. Amo a mim.
EU. Rose de Castro. Sempre iluminada de sol e emoção. Poeta por paixão!!!
Enterraram a inocente rose de castro. Surgiu a Rose de Castro em franca renovação!!!