Vontades de sair daquela parada assim mesmo. Encharcada, rasgada,
insana. Completamente fora de mim. Ou mergulhada no que eu sempre
senti. Afogada. Vontades de me lançar, lutar com duas espadas, e
mais três ou quatro mãos. Rasgar todas as fotos, incinerar todas as
provas do meu fracasso. Te esperar, em vão, naquela parada, depois de
ter varrido a cidade inteira atrás de um motivo. E, mais uma vez,
ficado cara a cara com o meu pior inimigo.
Ele seguia ali, espumando, me seguindo. Com a cara contorcida por mil
socos e seu riso escarninho. Fracasso. Dormir o dia inteiro não ajuda
mais. O sol lá fora não acaba com essa chuva, com essa luta e a
vontade de te fazer só alguns membros. De te fazer metade, e metade
meu servo.
A chuva ainda escorre aqui dentro, e pouco dorme. Eu não durmo mais.