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Teses_Monologos-->Prós e contras do governo -- 13/05/2003 - 09:37 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Prós e Contras do Governo Lula
(por Domingos Oliveira Medeiros)


O governo de Lula está cada vez mais parecido com o de seu antecessor. Não precisa nem fazer o teste de DNA. São parentes próximos. O PT é a cara do PSDB. E este, por sua vez, lembra o PT. Até o PL, do vice José Alencar, já percebeu; e dá mostras de seu descontentamento, reclamando, com razões de sobra, dos patamares em que se encontram os juros: “um assalto”, segundo ele.

Assalto, aliás, que caminha na contramão de um mínimo de coerência que era de se esperar de um governo, que chegou ao poder fazendo promessas de mudanças, e que fazia ampla oposição à política econômica de FHC.

Mas, infelizmente, a história se repete. Nunca os bancos lucraram tanto com esta política - equivocada, ao meu ver - de manutenção de taxas de juros em patamares elevados, como forma de atrair recursos financeiros do exterior, ainda que pela via da especulação, para manter o equilíbrio das contas públicas.

Taxa de juros de 26,5% ao ano, é, verdadeiramente, um assalto. Compromete o crescimento econômico e acaba desviando recursos do setor produtivo para o setor financeiro, estabelecendo um ciclo contumaz e pernicioso em relação ao atendimento dos justos anseios e necessidades da população.

Enquanto isso, segundo a revista Isto, desta semana, o Bradesco e o Itaú, por exemplo, que apresentaram, no primeiro trimestre de 2002, respectivamente, lucros de R$ 425 milhões e R$ 527 milhões, no mesmo período deste ano teriam lucrado R$ 507 milhões e R$ 714 milhões, comparativamente.

O governo, sempre que a coisa aperta para o lado dos bancos - ou de empresas de grande porte - desembolsa grande soma de recursos dos cofres públicos para sanar eventuais dificuldades.

Age como se estas empresas não estivessem insertas no ambiente de livre competição; como que se elas não pudessem correr os riscos normais de mercado.

Agora mesmo, depois do famoso PROER, que ajudou, em passado recente, vários bancos a saírem do vermelho, o governo, com uma espécie de “PROAR”, vai ajudar na viabilização da fusão da Varig com a TAM. Pretende injetar, via BNDES, grande volume de recursos naquelas empresas do setor de transporte aéreo, tendo que engolir, de quebra, segundo a imprensa, cerca de 10 mil demissões.

Enquanto isso, na contramão do bom senso, o governo investe toda a sua força política contra os aposentados. Numa outra espécie de “Fome Zero”, ao contrário. Que bem poderíamos chamar de “Fome Zero, à Direita”, ou “Taxação Zero”, à Esquerda” , para não usar a palavra correta, que, no caso em tela, seria, objetivamente, confisco, puro e simples.

Na verdade, o governo não precisa tanto desta migalha que pretende retirar dos aposentados. A coisa está muito clara. O governo, não sei se por comprometimento anterior, ou por razões outras, está entregando o ouro ao bandido; isto é: repassando, para os bancos - os maiores interessados - a parte mais lucrativa da Previdência, ou seja, todos os servidores e demais trabalhadores cuja faixa de rendimentos situe-se acima de R$ 1.500 mensal.

Estes serão, com certeza, os futuros mutuários das carteiras lucrativas de complementação de aposentadoria, junto ao aos bancos. Que continuarão, como sempre, a ganhar muito dinheiro, por conta de um “empurrãozinho” do governo.

Domingos Oliveira Medeiros
12 de maio de 2003


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