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Teses_Monologos-->RESPOSTA AO USINEIRO FILEMON- ou Rui Barbosa e a Reforma -- 12/08/2003 - 21:52 (Emilio Carlos Alves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meu Caro Filemon,

Fiquei bastante contente ao receber seu E-mail a propósito da citação de Rui Barbosa, cuja frase reproduzí de memória (lembrança da juventude, dos dias passados na Livraria Corrêa Leite, localizada então no Fórum da Comarca de Santos/SP.)

Li os seus artigos (MEANDROS DO PODER E PERPLEXIDADE) sobre o PT e concordo com sua análise sobre crise que o país enfrenta atualmente, vítima de um autêntico estelionato eleitoral que a todos nos surpreende e nos deixa indignados.

É que todos os brasileiros que votaram no Lula (e, talvez, não no PT), o fizeram ( e nisto me incluo) com a esperança, acenada, encenada e proclamada aos quatro ventos e sete mares, de rompimento com a política neo-liberal do FHC ( daqui a pouco, de saudosa memória), que causou sérios danos ao país, entregando-o praticamente à sanha do capital estrangeiro, administrado pelo FMI.

O que diria um Rui Barbosa, ardoroso defensor da legalidade, de um governo sob regime presidencial onde o Presidente não governa, antes serve de “ Garoto Propaganda “, autêntica figura decorativa ou Rainha da Inglaterra?

Por certo ficaria irado ao perceber o ledo engano que o vitimara ao “ comprar gato por lebre “ e defenderia seu direito de irar-se que, neste caso, não seria ilegítimo.

No seu famoso discurso “Oração aos Moços”, endereçado aos Bacharelandos da Faculdade de Direito, do famoso Largo São Franscisco (USP), que o escolheram como Paraninfo, Rui citava o padre Manuel Bernades:

O padre Manuel Bernardes pregava, numa das suas Silvas:
"Bem pode haver ira, sem haver pecado:
Irascimini, et nolite peccare. E às vezes poderá haver pecado, se não houver ira: porquanto a paciência, e silêncio, fomenta a negligência dos maus, e tenta a perseverança dos bons.(....). Nem o irar-se nestes termos é contra a mansidão: porque esta virtude compreende dous atos: um é reprimir a ira, quando é desordenada: outro excitá-la, quando convém. A ira se compara ao cão, que ao ladrão ladra, ao senhor festeja, ao hóspede nem festeja, nem ladra: e sempre faz o seu ofício. E assim quem se agasta nas ocasiões, e contra as pessoas, que convém agastar-se, bem pode, com tudo isso, ser verdadeiramente manso.” .

Mas, voltando ao Lula, não sei se “ficha já caiu ou se cairá algum dia”, mas quando isto acontecer, talvez o líder sindical metalúrgico, inovador para época com sindicalismo de resultados, desperte para a realidade e assuma (se não for tarde demais) as rédeas do Governo para o qual foi eleito com milhões de votos, com o discurso e a promessa de respeitar a Constituição e as Leis do país; zelar pela harmonia entre os Poderes, pela Democracia, promover o Desenvolvimento e a Justiça Social, etc.

Por outro lado, há também algo que me preocupa, que é o grau de comprometimento da mídia ( jornais, rádios e TV’s), em “ defesa” do atual governo, que promove uma verdadeira campanha difamatória contra os Servidores Públicos deste país, inclusive (o que é mais grave) contra o Poder Judiciário, sendo os Servidores diariamente chamados de parasitas e de privilegiados. Outro dia, durante os protestos realizados em Brasília contra a Reforma da Previdência, a Rede Globo apresentou os manifestantes, chamando-os de baderneiros, vândalos,etc.

Quanto aos aposentados, já acostumados desde os tempos de FHC a serem chamados de “vagabundos”, nada mais os surpreendem, a não ser o fato de nem poderem mais morrer sossegados, pois suas viúvas terão que se submeter à redução nas suas pensões.

Enquanto isso, o Companheiro-Presidente viaja, promove churrascadas, conta piadas, joga futebol e improvisa... É como eu costumo dizer: “NEM FHC EM TODA SUA SAPIÊNCIA FARIA MELHOR”.

Um abraço do amigo,

Emílio Carlos.

PS: Embora se trate de uma resposta pessoal, vou publicá-la na Usina.
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