O que estamos fazendo com o nosso Planeta? Cada vez mais nos damos conta que a Revolução Industrial mudou para sempre a relação entre o homem e a natureza. Há a preocupação crescente de que as atividades do homem terão mudado as condições básicas que possibilitam o aparecimento de vida sobre a terra.
A mudança de clima enfoca um problema especialmente inquietante: nós estamos mudando a forma com que a energia solar interage com a atmosfera e escapa dela. Fazendo isso, nós corremos o risco de alterar o clima global. Entre as conseqüências possíveis, estão o aumento na temperatura média da superfície da Terra e mudanças nos padrões climáticos mundiais. Outros efeitos, ainda imprevistos, não podem ser descartados.
Há 65 milhões de anos, um asteróide gigantesco colidiu com a Terra. Os cientistas acreditam que a colisão jogou tanta poeira na atmosfera que o mundo ficou no escuro pôr três anos. A luz solar foi reduzida enormemente, de forma que muitas plantas não puderam crescer, as temperaturas caíram, a cadeia alimentícia se rompeu e muitas espécieis desapareceram, inclusive as maiores que já habitaram o planeta.
Essa, pelo menos, é a principal teoria da extinção dos dinossauros. Até os que não foram atingidos diretamente pelo asteróide, acabaram pagando um preço alto.
A catástrofe que acabou com os dinossauros é só uma forma de elucidar o fator de como a mudança do clima pode fomentar o desenvolvimento de uma espécie ou liquidá-la.
De acordo com outra teoria, a espécie humana teve origem quando as temperaturas do mundo caíram de forma considerável e as chuvas diminuíram há mais ou menos 6 milhões de anos. Os primatas superiores, parecidos com os macacos, na África, estavam acostumados a se refugiar nas árvores, mas durante esse longo período de variação climática, as árvores foram substituídas por uma vegetação rasteira. Os “macacos” se viram em uma planície vazia, muito mais fria e seca do que o meio ao qual estavam habituados, além de terem ficado extremamente vulneráveis aos predadores. Os primatas teriam reagido à extinção e deram saltos evolutivos, tornando-se criaturas com posturas eretas, aprendendo a usar as mãos. Estas criaturas de cérebro maior, é normalmente considerada como tendo sido o primeiro humano.
Desde então, as mudanças climáticas têm modelado o destino da humanidade e o ser humano tem reagido a elas adaptando-se, migrando e desenvolvendo sua inteligência. Durante uma série de épocas glaciais que ocorreram posteriormente, os níveis dos oceanos baixaram e os seres humanos se mudaram utilizando pontes de terra firme, da Ásisa para as Américas e as ilhas do Pacífico. Muitas outras migrações, inovações e catástrofes continuaram acontecendo. Algumas podem Ter se originado de oscilações climáticas menores, como algumas décadas ou séculos de temperaturas levemente mais altas ou mais baixas ou períodos prolongados de secas. A mais conhecida é a Pequena Era Glacial, registrada na Europa no começo da Idade Média, que provocou períodos de fome, revoltas e abandono das colônias do norte da Islândia e na Groelândia. Há milênios o homem vem sofrendo com os caprichos do clima, reagindo com a sua inteligência, que é incapaz de influenciar fenômenos de tal magnitude.
Anteriormente, o clima mundial mudava os seres humanos. Agora, parece que os seres humanos estão mudando o clima mundial com seus cérebros altamente desenvolvidos. Uma geração de indústrias, transportes e outras atividades que, com a conseqüência do crescimento demográfico alcançará o ponto de não haver espaço para uma migração em grande escala se acaso ocorra uma mudança drástica no clima.
Para onde migraremos com nossa inteligência altamente sofisticada? Lua ou Marte?