Triângulo amoroso. Triângulo equilátero. Que tem três lados. Três interesses. Ligeiramente modificados. Compactuados. Acertados. Em separado. Um lado que é dele. E o outro lado. O lado que é dela. O lado amado. O lado de sempre.. Que é bem cuidado. O lado casado. E o feriado. Sem compromisso. Dois lados apenas. E muitos pontos. Que partilham da mesma reta. Que se deitam no mesmo retângulo. Contidos e deitados. Dentro de um mesmo quadrado.
São duas retas. São paralelas. Que não se cruzam. Ao mesmo tempo. Ao lado dela. Em torno dela. São círculos em ciclos. Que se repetem. Que giram em torno. Em torno dela. Algumas arestas. Alguns cuidados. Não são abertos. Nem são fechados. Nem são redondos. Nem são quadrados. São ciclos apaixonados. Ciclos que acontecem. Ciclos que rolam. E se enrolam. E se embolam. Se descontrolam. E vão e vêm. E vão embora. Saindo pela tangente.
Bem diferente. Do escaleno. Quando o amor é pequeno. Indefinido. Sem lado certo. Ninguém por perto. É infiel. Perante o céu. É anormal. Espacial. Geometria do sensual. Um lado sabe. O outro sente. Um vai embora. O outro ausente. E assim termina. Esse traçado.
Os amores são redondos. Ou são quadrados. Ou têm outras formas. Mas sempre precisam. No mínimo, de dois lados. Que se juntam. Não dão certos, se separados.