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Teses_Monologos-->Minha Luta por Adolf Hitler - CAPÍTULO XI -- 19/09/2003 - 10:24 (((((EU SOU DO SUL))))) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CAPÍTULO XI - PROPAGANDA E ORGANIZAÇÃO

O ano de 1921 teve, em vários sentidos, para o movimento, uma importância capital, Depois da minha entrada no "Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães", tomei imediatamente conta da direção da propaganda. Eu tinha este setor, naquele momento, como o mais importante de todos. Tratava-se menos de assuntos de organização do que de propagar a idéia ao maior número possível. A propaganda devia preceder à organização, conquistando o material humano necessário a esta. Além disso, sempre fui inimigo de um trabalho de organização demasiadamente rápido e pedantesco. Daí resulta, na maioria dos casos, somente um mecanismo morto, raras vezes uma organização viva. As organizações estão em função da vida, do desenvolvimento orgânico de um povo. Idéias que conquistaram um certo número de indivíduos sempre provocarão a necessidade de uma certa disciplina, absolutamente indispensável. Mas, também aqui, se deve contar com a fraqueza humana, inclinada a opor-se, pelo menos no começo, contra uma direção superior. Na hipótese de uma organização sem vida surge imediatamente o grande perigo de aparecer um homem, apontado por todos mas ainda não inteiramente experimentado e que, talvez, de inferior capacidade, trate de impedir, dentro do movimento, a elevação de elementos mais capazes. O mal daí resultante, pode ser, especialmente em movimento novo, de conseqüências fatais.
Por essa razão é mais conveniente divulgar a idéia, pelo menos durante certo tempo, centro de um determinado núcleo, para daí selecionar o material humano em condições de dirigir o movimento. Mais de uma vez se evidenciará que, nessa seleção, não devemos julgar pelas aparências.
Seria, porém, inteiramente falso ver, em conhecimentos teóricos, provas de capacidade de direção.
O contrário acontece freqüentemente.
Um grande teórico é raramente um grande organizador, pois o valor do teórico consiste, em primeiro lugar, na noção de definição de leis abstratamente exatas, enquanto o organizador deve ser em primeiro lugar um conhecedor da psicologia popular. Deve ver os homens como eles são na realidade. Não lhes deve dar demasiada importância nem depreciá-los no meio da massa, Ao contrário, deve ter em conta a sua fraqueza como o seu aspecto instintivo, para, tomando em consideração todos os fatores, organizar uma força capaz de sustentar uma idéia e de garantir o sucesso!
Um grande teórico será raramente um líder. A um agitador e mais fácil possuir essas qualidades, apesar da oposição dos teóricos puros.
Isso é perfeitamente compreensível. Um agitador capaz de comunicar uma idéia à grande massa, precisa conhecer a psicologia do povo, mesmo que ele não seja senão um demagogo. Mesma nessa hipótese, ele será um líder mais apto do que o teórico desconhecedor da psicologia humana. Para ser chefe é preciso ter a capacidade para movimentar massas. A capacidade intelectual nada tem que ver com a capacidade de comando. Por - isso é completamente supérfluo discutir se há mais valor em criar idéias e finalidades do que em realizá-las. Aqui acontece o mesmo que em muitos outros casos: um não pode dispensar o outro. A mais bela doutrina não tem nem finalidade nem eficiência se o líder não consegue empolgar as massas. Por outro lado, de que utilidade seria a genialidade de um condutor de massas, se o teórico não indicasse as finalidades das lutas humanas? A existência, no mesmo indivíduo, do teórico, do organizador e do líder é o mais raro fenômeno deste mundo. Quando isso se dá trata-se de um gênio.
Dediquei-me, nos primeiros tempos da minha atividade partidária, à propaganda. Por essa propaganda dever-se-ia conseguir, pouco a pouco, um pequeno núcleo de indivíduos, convencidos da nova idéia, os quais formariam assim o material que, mais tarde, poderia fornecer os primeiros elementos de uma organização. Visávamos mais a propaganda do que a organização.
Quando um movimento tem como finalidade demolir uma situação existente para reconstruir, em seu lugar, um mundo novo, é preciso que os seus líderes estejam todos acordes sobre os seguintes princípios fundamentais: cada movimento deve dividir o estoque humano conquistado para a causa em dois grandes grupos: adesistas e combatentes.
O dever da propaganda é alistar adesistas, o da organização é conquistar combatentes.
Adesista de um movimento é aquele que aceita a sua finalidade, com. batente aquele que luta pela mesma.
O adesista é alistado para um movimento por meio da propaganda. O combatente é levado, pela organização, a cooperar pessoal e ativamente, paro- o alistamento de novos adesistas, dos quais então se podem recrutar novos combatentes.
Como a qualidade de adesista exige somente o reconhecimento passivo de uma idéia, e a qualidade de combatente a representação ativa e a sua defesa, entre dez adesistas encontrar-se-ão no máximo um a dois combatentes.
A qualidade de adesista baseia-se na compreensão da doutrina, a de combatente na coragem de defender e divulgar as noções adquiridas.
A doutrina pura corresponde melhor à psicologia da maioria da humanidade, comodista e covarde. Os requisitos exigidos para pioneiros do Partido correspondem à uma capacidade prática que só se encontra em raros indivíduos.
Assim sendo, a constante preocupação da propaganda deve ser no sentido de conquistar adeptos, ao passo que a organização deve cuidar escrupulosamente de selecionar, entre os adesistas, os lutadores mais eficientes. A propaganda, portanto, não necessita examinar o valor de cada um dos por ela convertidos, quanto à eficiência, capacidade, inteligência ou caráter, enquanto que a organização deve escolher cautelosamente, da massa destes elementos, os que efetivamente têm capacidade para levar o movimento à vitória.
A propaganda trata de impor uma doutrina a todo o povo; a organização aceita no seu quadro unicamente aqueles que não ameaçam se transformar em obstáculo a uma maior divulgação da idéia.
A propaganda estimula a coletividade no sentido de uma idéia, preparando-a para a vitória da mesma; a organização tem de ganhar a vitória mediante concentração dos adeptos corajosos, capazes de combater pelo triunfo comum.
A vitória de uma idéia será mais fácil quanto mais intensa for a propaganda e quanto mais exclusiva, rígida e solida for a organização que, praticamente, toma a si a realização do combate.
Daí resulta, que nunca é exagerado o número dos adeptos, enquanto que, no que diz respeito aos combatentes, não se deve cogitar de número mas de qualidade.
Quando a propaganda já conquistou uma nação inteira a uma idéia, surge o momento asado para a organização, com um punhado de homens, retirar as conseqüências práticas. Propaganda e organização, estão em função uma da outra. Quanto melhor tiver agido a propaganda tanto menor poderá ser a organização; quanto maior for o número de adesistas, tanto mais modesto pode ser o número dos combatentes e, vice-versa; quanto pior for a propaganda, tanto maior deve ser a organização e quanto mais diminuto o número de adesistas de um movimento tanto mais numeroso deve ser o número dos seus organizadores, se se quiser contar com sucesso.
O primeiro dever da propaganda consiste em conquistar adeptos para a futura organização; o primeiro dever da organização consiste em conquistar adeptos para a continuação da propaganda. O segundo dever da propaganda é a destruição do atual estado de coisas e a disseminação da nova doutrina, enquanto que o segundo dever da organização deve ser a luta pelo poder para conseguir, por esse meio, o sucesso definitivo da doutrina.
O sucesso mais decisivo de uma revolução sempre será conseguido quando a nova doutrina for divulgada peio maior número, imposta a todos depois, ao passo que a organização da idéia, isto é, o movimento, deve abranger unicamente os homens absolutamente necessários aos postos de comando.
Por outras palavras: em cada grande movimento destinado a revolucionar o mundo a propaganda primeiramente terá de divulgar a idéia do mesmo. Incessantemente terá de esclarecer as massas sobre as novas idéias, atraí-las para as suas fileiras ou, pelos menos, abalar as crenças em voga. Como, porém, a divulgação de uma idéia, isto é, a propaganda, deve ter um núcleo central de direção, será necessário uma organização sólida. A organização recruta os seus sócios do número total dos adesistas conquistados pela propaganda.
A mais alta missão da organização é, pois, tomar precauções para que não nasçam divergências íntimas, entre os adeptos do movimento, que possam originar uma desarmonia e, com isso, um enfraquecimento da causa, e para que se conserve sempre o espírito de ataque e de resolução. Não é necessário que aumente infinitamente o número de combatentes; ao contrário, como só uma pequena parte da humanidade possui um caráter enérgico e resoluto, ficaria forçosamente enfraquecido um movimento que aumentasse desproporcionadamente a sua organização central. Organizações passando além de um certo número de membros, perdem, pouco a pouco, seu poder de combate e a capacidade de apoiar a propaganda de uma idéia, de maneira resoluta.
Quanto mais forte e revolucionária for uma idéia, tanto mais eficiente devem ser os seus defensores, devendo-se dela afastar os covardes e incapazes. Às escondidas, esses quererão passar como adesistas, mas, de público, desistirão de provar a sua adesão. Assim incorporam-se à organização de uma doutrina efetivamente revolucionária somente os mais eficientes dentre os adeptos conquistados pela propaganda. É justamente na eficiência dos membros de um movimento, garantida pela sua escolha natural, que está a condição essencial para uma propaganda correspondente e para um combate bem sucedido pela realização da doutrina.
O maior perigo que pode ameaçar um movimento é um número exagerado de adeptos adquiridos em conseqüência de êxito fácil. Todos os covardes e egoístas fogem de um movimento, enquanto este tem de enfrentar lutas ásperas, ao passo que ao mesmo acorrem quando o êxito é fácil de prever ou já se realizou.
Esse é o motivo por que muitos movimentos vitoriosos fracassam antes de atingir a sua finalidade, suspendem a luta e finalmente desaparecem. Em conseqüência da vitória inicial, entram na sua organização tantos elementos maus, indignos, sobretudo covardes, que esses caracteres inferiores conseguem finalmente a preponderância sobre os lutadores enérgicos e logo forçam o movimento em favor dos seus próprios interesses, degradando o e nada fazendo para completar a vitória da idéia primitiva. Desaparece o entusiasmo fanático, anula se a força de combate ou, como em casos idênticos, se diz nos meios burgueses: "Jogue-se água no vinho". Está sacrificado o surto do movimento.
Por essa razão é indispensável que, ao menos por instinto de conservação, imediatamente se dificulte a admissão de adeptos no momento em que o sucesso se inclina para a causa e, de futuro, se alargue a organização com a máxima cautela e depois de um exame muito rigoroso, unicamente assim, o movimento se conservará, invariavelmente, sadio, na sua essência. É preciso que se tomem precauções para que seja exclusivamente o núcleo central que continue a promover o progresso do movimento, isto é, que oriente a propaganda destinada a conquistar a adesão geral e tome como detentor do poder as medidas necessárias à realização prática das suas idéias.
A organização deve recrutar do primitivo núcleo do movimento não somente os homens que devem ocupar todas as posições importantes no terreno conquistado, mas também os da direção geral, e isso deve durar até que os atuais princípios e doutrinas do partido se transformem em base do novo Estado. Só, então, poderá passar, aos poucos, o governo a ser dirigido pela nova constituição, nascida do espírito do movimento. Isso, porém, geralmente também se realiza mediante lutas recíprocas, por que não se trata de uma questão de idéias mas de jogo de forças, que, é verdade, podem ser previamente reconhecidas, mas não podem ser constantemente controladas.
Todos os grandes movimentos, quer sejam de natureza religiosa quer de natureza política, devem seus grandes sucessos exclusivamente ao conhecimento e à aplicação destes princípios. Nenhum êxito de efeitos duradouros é possível sem o respeito a essas leis.
Como chefe de propaganda do Partido, muito me esforcei, não somente por preparar o terreno para o desenvolvimento futuro da causa, mas também para assegurar, por uma compreensão exata desses princípios. que a organização - somente recebesse o melhor material humano. Quanto mais radical e incitadora era a minha propaganda, tanto mais assustava os homens débeis e as naturezas tímidas, impedindo a sua entrada no núcleo primitivo da nossa organização. Eles talvez tenham ficado adeptos da causa, mas certamente não com espírito decidido. Quantos milhares asseguravam, naquele tempo, que estariam absolutamente decididos a tudo, mas nem por isso puderam ser aceitos como membros do Partido. O movimento teria que ser tão radical que os seus adeptos poderiam ser expostos aos mais sérios perigos, de maneira que não se devia censurar um cidadão respeitável e pacifico por, ao menos por certo tempo, ficar á margem, embora de todo coração pertencesse à causa.
Foi muito bom que assim se fizesse.
Se todos os que, no íntimo, não estavam de acordo com a Revolução se tivessem filiado ao nosso partido, poderíamos ser hoje vistos como uma congregação pia, nunca, porém, como um movimento forte e pronto para o combate.
A forma agressiva que se deu, naquele tempo, à nossa propaganda consolidou e garantiu a tendência radical do novo movimento, porque, assim efetivamente, o mesmo ficou constituído, salvo raríssimas exceções, de homens radicais, capazes de assumir a responsabilidade de defensores da causa.
O efeito dessa propaganda era tal que, dentro de pouco tempo, centenas de milhares não somente concordaram conosco mas desejavam a nossa vitória, embora, pessoalmente, fossem covardes demais para fazerem o sacrifício de entrar para o Partido.
Até o meado de 1921, esta atividade unicamente no sentido da propaganda era suficiente e útil para o movimento. Acontecimentos especiais, porém, no verão daquele ano, mostraram que seria conveniente que a organização marchasse pari passu com a propaganda, cujo êxito era cada vez mais evidente.
O ensaio de um grupo de racistas de fancaria, com o apoio benévolo do primeiro presidente do Partido de então, de apoderar-se da direção do mesmo, teve como resultado o desmoronamento desta pequena intriga. Em uma assembléia geral, foi entregue a mim, unanimemente, a liderança de todo o movimento. Ao mesmo tempo, foi tomada unia nova resolução pela qual o presidente era investido de responsabilidade, e que abolia as resoluções das comissões substituindo-as por um sistema de divisão de trabalho que, desde aquele tempo, tem dado os melhores resultados.
Desde 1o. de agosto de 1921, encarreguei-me desta reorganização interna do Partido e encontrei nisso o apoio de um número de forças excelentes, cujos nomes julguei necessário mencionar em um capítulo especial.
A experiência trazida pelos resultados da propaganda deveria, quando se tratou da organização, afastar um certo número de hábitos atuais e estabelecer princípios que não existiam em nenhum dos partidos do momento.
Nos anos de 1919 e 1920, o movimento tinha, na sua direção, uma comissão eleita em assembléias de sócios, de acordo com os estatutos. A comissão compunha se de um 1.° e de um 2.° tesoureiro; um 1.° e de um 2.° secretário e como chefes um 1.° e um 2.° presidente. A isto juntaram ainda um fiscal, o chefe da propaganda e vários assistentes.
Esse comitê corporificava - o que era extremamente cômico - justamente o que o movimento devia combater do modo mais enérgico, isto é, o parlamentarismo. Era claro que se tratava de uma organização que, partindo do pequenino grupo local, e passando pelos futuros distritos, províncias, etc., até que o governo no Reich, representava o mesmíssimo sistema parlamentar, sob o qual nós todos estávamos e estamos ainda hoje sofrendo.
Era de uma necessidade urgentíssima modificar esse estado de coisas, a menos que não quiséssemos que o movimento ficasse para sempre sacrificado em conseqüência das bases falsas da sua organização interna.
As assembléias do comitê que obedeciam a um certo protocolo e nas quais eram tomadas as decisões por maioria de votos, eram na realidade um pequeno parlamento. Nelas havia ausência de qualquer responsabilidade pessoal. Como nas grandes assembléias políticas, imperavam nesses comitês os mesmos absurdos e as mesmas extravagâncias. Foram nomeados para esse comitê secretários, tesoureiros, representantes da totalidade dos membros da organização, representantes para a propaganda e para muitas outras coisas mais. Todos juntos é que deviam, porém, tomar resoluções, por meio do voto, a respeito de qualquer questão isolada. Quer isso dizer que o indivíduo que representava a seção de propaganda decidia sobre um assunto da competência do encarregado das finanças, este decidia sobre assuntos da organização, sobre detalhes que competiam aos secretários, etc.
O motivo por que se nomeava um especialista para a propaganda, quando tesoureiros, secretários, etc., deviam decidir sobre assuntos que somente eram da competência daquele, parece tão incompreensível para um cérebro normal, quão incompreensível seria se, em uma grande em presa industrial, os gerentes ou diretores de outras seções e de outros ramos decidissem sobre assuntos com os quais não tinham absolutamente nada que ver.
Não me conformei com essa loucura; muito pouco tempo depois, já não aparecia mais nessas assembléias. Fiz eu mesmo a minha propaganda, protestando sempre quando qualquer ignorante nesse assunto tratava de intrometer-se na mesma. Pelo mesmo princípio eu, também, não me intrometia nas funções alheias.
Quando, com a aprovação dos novos estatutos e com a minha nomeação para primeiro presidente, tinha adquirido a necessária autoridade e o direito de agir de acordo com a mesma, acabei imediatamente com aquela idiotice. Em lugar de resoluções de comitê, estabeleci o princípio da responsabilidade absoluta.
O primeiro presidente tem a responsabilidade da direção geral do movimento. Ele divide o trabalho a fazer tanto entre os membros do comitê a ele subordinado como entre os demais colaboradores porventura necessários. Cada um destes senhores fica inteiramente responsável pelos deveres de que são incumbidos. Estão subordinados apenas ao primeiro presidente que tem de cuidar da cooperação de todos e de tornar esta cooperação eficiente, a começar pela escolha das personalidades e pela indicação das diretrizes gerais.
Esse princípio da responsabilidade tornou-se pouco a pouco natural destro do movimento, pelo menos quanto à direção do Partido. Nos pequenos grupos locais e talvez também nos distritos serão precisos anos para fazer vingar esses princípios, porque espíritos tímidos e incapazes sempre se oporão aos mesmos. Para esses sempre será desagradável a responsabilidade pessoal em qualquer empreendimento, sentem-se melhor e mais livres se tiverem, em qualquer decisão difícil, o apoio da maioria de um comitê. Parece, porém, necessário enfrentar, com todo rigor, tais tendências, não fazer concessões à covardia ante a responsabilidade e conseguir assim, embora depois de muito tempo, uma compreensão do dever de chefe que permita surgirem, para a posição de lideres, justamente os mais competentes, os predestinados.
Em. qualquer hipótese, um movimento que se propõe fazer guerra à loucura parlamentar deve ele mesmo evitar o mal que combate, somente sobre uma tal base pode adquirir a força para a sua luta.
Um movimento que, em pleno domínio da maioria, baseia-se em tudo no princípio da autoridade do chefe e na responsabilidade daí resultante, com segurança matemática, há de aniquilar, algum dia, o atual estado de coisas e sair vencedor.
Esse princípio deu lugar, no seio do movimento, a uma completa reorganização do mesmo, e, no seu resultado lógico, uma separação muito rigorosa entre as funções partidárias do movimento e as funções da direção política geral. A idéia da responsabilidade foi adotada também para todas as funções partidárias e trouxe, como era de esperar,. em idêntica proporção, um saneamento das mesmas, libertando-as de quaisquer influências políticas e limitando-as a pontos de vista puramente econômicos.
Quando, no outono de 1919, entrei para o Partido, então composto de seis membros, este não tinha nem um escritório nem um empregado; nem mesmo formulários, carimbos, impressos, existiam, o local para as reuniões do comitê era, a princípio, um restaurante na Herrengasse e mais tarde um café em Casteig. Isso era uma situação intolerável. Pouco tempo depois pus-me a visitar um grande número de cervejarias e restaurantes de Munique, com a intenção de poder alugar um quarto separado ou qualquer outro local para o partido. No antigo Sterneckerbrãu da rua Tal encontrei um pequeno lugar, um sótão que, antigamente, serviu aos conselheiros de Estado da Baviera como uma espécie de taberna. Era sombrio e escuro e tão próprio para seu anterior destino quão impróprio para os novos objetivos o beco para o qual dava sua única janela era tão estreito que, mesmo nos dias mais claros de verão, o quarto era escuro. Este foi o nosso primeiro escritório. Como, porém, o aluguel era apenas de cinqüenta marcos por mês (para nós naquele tempo era uma soma enorme), não podíamos alimentar grandes pretensões nem nos podíamos queixar.
Mesmo assim, isso já significava um grande progresso. Pouco a pouco fomos melhorando a instalação. Primeiro instalamos luz elétrica, depois um telefone; levamos para dentro uma mesa com algumas cadeiras emprestadas, finalmente uma prateleira, um pouco mais tarde um armário; dois balcões pertencentes ao dono da casa deviam servir para guardar folhetos, cartazes, etc.
A direção do movimento, por meio de uma assembléia do comitê, uma vez por semana, era impossível ser conservada por muito tempo. Só um empregado, pago pelo movimento, poderia garantir um andamento contínuo dos negócios.
Isso era muito difícil naquele tempo. Contávamos ainda com um número tão diminuto de adeptos, que- foi preciso uma habilidade especial para encontrar entre eles o homem para o momento, que se contentasse com pouco e pudesse satisfazer às múltiplas exigências do movimento.
Era um soldado, antigo camarada meu, de nome Schüssler. Encontrávamos, após busca prolongada, o primeiro diretor econômico do partido. No princípio, ele, diariamente, entre 18 e 20 horas, comparecia ao nosso escritório, mais tarde entre 17 e 20 horas, e, pouco tempo depois, nosso secretário exclusivo, ocupando-se, desde a manhã até alta noite, com os seus trabalhos. Era um homem tão ativo como reto, absolutamente honesto; trabalhava em todos os sentidos e era um fiel partidário Schüssler trouxe consigo uma pequena máquina de escrever "Adler", de sua propriedade. Era a primeira máquina para o serviço do nosso movimento. Mais tarde essa máquina foi comprada a prestação. Uma pequena caixa forte parecia ser necessária para evitar o furto do fichário e dos livros dos membros do Partido. Esta compra não foi feita, pois, para depositar as grandes somas de dinheiro, que, naquele tempo. pudéssemos ter. Ao contrário, tudo era infinitamente pobre, e, muitas vezes, sacrifiquei parte das minhas pequenas economias.
Um ano e meio mais tarde, o escritório era pequeno demais e mudávamo-nos para um outro local na Corneliusstrasse. Mais uma vez era para um restaurante que nos mudávamos, mas agora já não tinham somente um quarto, e sim três. Naquele tempo essas instalações nos pareciam enormes. Nesse local permanecemos até novembro de 1923.
Em dezembro de 1920, foi comprado o Võlkische Beobachter. Este diário, que defendia, como já indicava o seu nome, interesses populares e geral, devia agora ser transformado em órgão do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. No princípio era publicado duas vezes por semana, no começo de 1923 diariamente, e, em fins de agosto 1923, foi publicado no formato grande que conservou daí por diante.
Naquele tempo, sem a mínima experiência em matéria de imprensa tive que fazer uma aprendizagem que me custou muito sacrifício.
Era de fazer cismar o fato de, ao lado da poderosa imprensa judaica só existir um único jornal popular de real importância. O motivo deste fato, como depois pessoalmente verifiquei, inúmeras vezes na prática residia na organização comercial pouco hábil das denominadas empresas populares. Na sua direção dava-se mais importância ao lado intelectual do que ao prático. Esse ponto de vista é completamente falso, pois a idéia tem a sua maior expressão na realização. Aquele que está efetivamente criando para sua nação coisas de valor, está provando com isso possuir uma idéia de valor idêntico, enquanto outro que apenas finge defender uma idéia sem entretanto executar serviços úteis para a nação, está sendo funesto a qualquer ideal real. Ele está pesando sobre a comunidade com sua idéia.
Também o "Völkisher Beobachter" era, como o seu título indica, um órgão "popular", com todas as vantagens e, sobretudo, todos os defeitos fraquezas inerentes a todas as instituições populares. Embora fosse. excelente sua matéria, a sua direção comercial era inviável. Era da opinião que os jornais populares deviam ser mantidos por subscrições populares em lugar de entrarem na concorrência com os demais. Não se compreendia que era uma indecência querer cobrir os erros da direção comercial da empresa com os donativos de patriotas bem intencionados.
Tratei de remediar esta situação, cujo perigo logo compreendi. F para mim uma felicidade o ter encontrado o homem, o qual, desde aquele tempo, não somente como diretor econômico do jornal mas também como diretor econômico do Partido, prestou serviços inestimáveis à causa. No ano de 1914, no front, cheguei a conhecer (naquele tempo como meu superior) o homem que é hoje, diretor econômico do Partido - Max Amann. Durante os quatro anos da Guerra, tive a oportunidade de quase diariamente observar a extraordinária capacidade, a diligência e os grandes escrúpulos do meu futuro cooperador. No verão de 1921, quando o movimento passava por uma forte crise, quando eu já não estava contente com um grande número de empregados e até tinha tido com um deles desagradável experiência, dirigi-me a meu antigo camarada de regimento, que um dia casualmente encontrei, rogando-lhe que se encarregasse da direção econômica do movimento. Depois de longa hesitação, pois Amann tinha um emprego promissor, consentiu finalmente em aceitar o cargo com a condição formal de que nunca. ficaria à mercê de quaisquer comitês de ignorantes e de que reconheceria exclusivamente um chefe. Ao inesquecível merecimento deste primeiro diretor do movimento, de uma educação comercial efetivamente completa, deve se o ter sido possível introduzir a ordem nas finanças do Partido. Desde aquele tempo, a direção tornou se modelar, incomparavelmente melhor do que a de qualquer das sub-organizações. Como, porém, sempre na vida, a capacidade, não raras vezes, é a causa da inveja e do ciúme, isso devia-se naturalmente esperar também neste caso.
Já no ano de 1922, existiam certas diretrizes para guiar o movimento, tanto no sentido econômico como no que diz respeito propriamente à organização. Já existia um fichário central completo, que abrangia todos os membros do movimento. Do mesmo modo estavam as finanças orientadas firmemente. Despesas normais deviam ser cobertas por entradas normais, entradas extraordinárias eram empregadas para satisfazer a despesas extraordinárias. Apesar dos maus tempos, podia-se manter o movimento. Trabalhava-se como em uma empresa particular: o pessoal devia distinguir-se pela sua competência e de nenhum modo somente pelo critério da célebre "convicção" partidária. A "convicção" de cada nacional socialista prova-se. em primeiro lugar, pela sua boa vontade, pela sua atividade e capacidade para o cumprimento do trabalho que lhe foi confiado pela coletividade. Quem não cumpre o seu dever, não se deve vangloriar de uma idéia contra a qual ele próprio, na realidade, está protestando. O novo diretor econômico do Partido defendia, com toda energia, contra quaisquer influências, o ponto de vista, segundo o qual funções partidárias não se devem transformar em sinecuras para membros ou sócios pouco dispostos ao trabalho. Um movimento que luta de forma tão áspera contra a corrupção partidária do nosso atual aparelho administrativo deve conservar sua própria organização limpa de semelhantes vícios. Aconteceu que foram admitidos na administração do jornal elementos que, quanto a suas "convicções", tinham pertencido ao Partido Popular Bávaro, que, porém, pelos seus trabalhos, deviam ser qualificados como de primeira classe. O resultado desta experiência foi excelente. Justamente por este leal e franco reconhecimento da capacidade de cada um, o movimento conquistou os corações destes empregados mais rapidamente do que dantes. Tornaram se mais tarde bons nacionais-socialistas, não somente em palavras, mas pelo trabalho consciencioso e leal que executaram a serviço do novo movimento. É claro que, em igualdade de condições, dava-se preferência ao partidário. Ninguém, porém, era empregado só por ser membro do partido. A energia com que o novo diretor econômico defendia este princípio fundamental, pondo o em prática contra quaisquer resistências, produziu, no futuro, as maiores vantagens para o movimento. Somente assim foi possível que, nos tempos difíceis da inflação monetária, quando dezenas de milhares de empresas faliram e milhares de jornais deviam fechar as portas, não somente a direção do movimento pode ser conservada e cumprir seus deveres, mas a feitura do Völkische Beobachter cada vez mais se aperfeiçoava. Era classificado, naquele tempo, entre os grandes jornais.
O ano de 1921, teve, além disso, outra significação. Consegui lentamente, como presidente do Partido, subtrair também as diferentes formações do mesmo da crítica e das contradições de tantos membros de comitês. Isso foi importante porque não se pode conquistar para qualquer trabalho uma cabeça realmente capaz, quando, continuamente, os ignorantes se metem em tudo, de tudo dizem entender e, em verdade, provocam apenas a pior confusão, para depois se retirarem silenciosamente à procura de outro campo para a sua atividade "fiscalizadora" e "inspiradora" Havia gente possuída de uma verdadeira idéia fixa de procurar intrometer se em tudo, eternamente prenhe de planos excelentes, idéias, projetos, métodos, etc. Seu mais alto ideal era, na maioria dos casos, formar um comitê que, como órgão fiscalizador, deveria imiscuir se, como perito, no trabalho correto dos outros. Quão prejudicial e pouco conforme ao nacional socialismo era que a gente que nada sabe de uma determinada coisa estivesse continuamente contrariando homens realmente competentes, nunca entrou na consciência daqueles entusiastas de comitês. Julguei meu dever defender, naqueles tempos, todas as forças eficientes do movimento, sobre as quais recaíam todas as responsabilidades, contra semelhantes elementos, de garantir-lhes o necessário apoio e um campo de atividade em que pudessem, continuar a trabalhar.
O melhor meio de tornar inofensivos esses comitês que nada faziam ou somente amontoavam resoluções impraticáveis, era distribuir-lhes um trabalho verdadeiro. Era cômico o constatar-se como tal comitê desaparecia, como por encanto, não sendo mais encontrado em parte alguma. Lembrava-me, naquelas ocasiões, da mais imponente das instituições desse- gênero do Reichstag. Como rapidamente desapareciam repentinamente todos, quando se lhes confiava, em lugar das discurseiras de costume, um verdadeiro trabalho, isto é, um trabalho que cada um destes tagarelas pessoalmente teria de executar com responsabilidade própria.
Já naquele tempo exigi que, como na vida particular, também a respeito do movimento, se deveria buscar, dentro dos diferentes setores, o empregado, administrador ou gerente evidentemente capaz e honesto. Depois disso, dever-se-ia conferir-lhe a autoridade e a liberdade de ação incondicionais a respeito dos seus subordinados, e, ao mesmo tempo, exigir deles responsabilidade ilimitada para com os seus superiores. Ninguém pode ter autoridade sobre subordinados sem pessoalmente conhecer o trabalho em questão. No curso de dois anos, logrei cada vez maior êxito com essa prática, hoje aceita como natural no nosso movimento, pelo menos no que diz respeito à suprema direção.
O êxito desta atitude tornou-se evidente no dia 9 de novembro de 1923. Quando, quatro anos antes, entrei para o movimento, não existia um simples carimbo. No dia 9 de novembro de 1923, foi dissolvido o Partido e confiscada sua fortuna. Esta montava, incluindo todos os objetos de valor e o jornal, em mais de cento e setenta mil marcos ouro.
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