No sentido para o reencontro dos nossos eus...
Inicia-se um momento de extrema loucura e solidão...
Andante ser interessante do meu interior,
busca eterna da minha sensibilidade, um canto acolhedor...
Andei por cima daquele lajeiro quente...
Abrandado por minhas lembranças doloridas...
Aos ouvidos do que ainda esperam um dia sobrevoar...
Com a liberdade dos abutre que degusta sua carniça...
Ou sem nenhum temor,
em busca do que ninguém degustaria...
Um tanto menos amistoso, por sua silhueta e imagem...
Pode ser o senhor da bondade no momento da necessidade...
Abrindo suas asas, uma resta de seu vôo,
abrigou-me...
Quando na simplicidade daquelas cabeças,
apenas vista e protegida pelo tão e simplesmente, o pano esvoaçante ...
O avanço do hoje conseqüência,
da simplicidade de um passado...
Conhecimento vindo da mais arcaica humanidade...
De uma nudez proibida sem intenção de maldade...
Do permitido sem liberdade.
Ninguém consiste na perenidade.
O temeroso ruído do vento, sobre o lajeiro frio ou quente, um momento de estranha sensação...
O maestro e seus movimentos ao som do vento...
O silêncio é quebrado, pelo soar, de uma tuba...
E àquele instrumento de percussão,
sons vindo do meio do sertão...
De onde reina o desespero entre fome,
a maldição e os malefícios da nação...
Assistida por uma população...
O temeroso e desinteresse de ver-me aos gritos da secura desinteressada...
Estão que morram de exaustão...
Cairei seca sobre a pedra dura e quente,
para clamar o que ninguém mais sente...
O que nada mais interessa!
Aqui estou, às dobras das minha pernas,
velhas e cansada...
Posta estou, sobre este lugar seco e aquecido, e os alaridos, de nada adiantou...
Pois ele está em mim, por não acreditarem que sou eu, o você de hoje, do amanhã.
Não olhem para trás, lá não existe nada,
nem mesmo às lembranças de um passado.
Nas noites de luar sobre o quarador,
só às sombras das lembranças de uma imagem,
que a saudade deixou.
Esfaquearei este corpo velho que de nada servirá, se não, para alimentar às almas atormentadas.
Seres que de amor faleceu,
vagueiam sobre a lapide gelada,
esperando um retorno,
para o reencontro de sua amada.