Hoje vejo, sinto ? tudo amarelo. Uma sensação ruim; minha solidão, sempre gostei dela, mas hoje ela se personifica na ausência de Deus, meu corpo é uma prisão, e não posso fugir , só me resta sentir. O sax no fundo grita meu medo, ele pulsa minha insegurança, tenho medo que você não volte (?) Ou será medo que não tenha um fim, tudo precisa ter um fim, senão não há vida. Minha vida perdeu a noção de final e eu perdi a noçao de tempo- os dias passam, passam.....tão rápido, por pior quer seja eu queria que fosse devegar. Rejeito o futuro. Eu quero o passado, mas vivo o hoje, amanhã vai ser azul, azul da cor do céu da minha janela, um azul exaltado por raio - ele dói, tudo que dói é porque tem uma ferida e da ferida sai sangue, mas nao encontro, não encontro ????? Onde está você, são duas horas da tarde, e não quero ficar sozinha. Vou pintar vermelho, vermelho da cor da minha revolução, dos meus passos, passos pequenos e lentos mas que são meus , eu fiz sozinha. Agora tou na Espanha- Y lloro, lloro mucho- na Espanha sempre tinha muitas flores, e eu gostavade sentir o ar seco queimando a cara, as flores vermelhas sempre são amor, o amor que todo ser humano quer . Mas tudo está amarelo e eu estou só. Volto a janela e já não posso te dizer nada, agora vou pro Japão- Alone. Porque para la so da pra ir só, são muitas luzes, muitos carros, muita gente, tudo transborda, mas nada transborda de mim, eu sou pouca. Mas enquanto nao existe um final eu sempre tenho sua mão pra segurar ( and alone) sim é só.Mas eu sinto pele , calor, sinto o humano e isso me basta.