Onde estará minha outra parte
a que de mim tolhida
perdeu-se no tempo?
saio eu a procurar feito alma sem dono
tanto tenho para amar-te
e nos foi dada esta outra vida
novo alento
que tenho tão vivo no sonho
Te sinto ainda em mim
como posse que tomaste um dia
talvez, também eu viva em ti
como um amor que não se acabou..
jamais será um fim
sabemos que não se perde a alegria
a que um dia nos teus olhos eu vi
e hoje, dilui-se no tempo, como vento que passou...
Mas, como a tempestade, deixa um sinal
no seco árido de minh alma
que morre cada dia um pouco
de saudade a definhar,
sigo a perseguir até o final
sem trégua, sem calma
e, nesse dia, feito louco
como nunca houve igual
morrerei de tanto amar