Camões, Bocage, Aleixo,
Os versos jogam ao eixo
Como putos joviais...
Se um deles salta mais alto
Pra subir a cota ao salto
Logo um outro salta mais...
Quantos mais anos terei para escrever versos ?
Quantos mais prazeres e dores ainda escreverei ?
Quantos mais momentos excelsos ou perversos ?
Ó vida anda-anda... A morte és e isso eu sei !..
Camões, Bocage, Aleixo,
Torre da Guia, o do queixo
Adunco em verso por dizer...
Vem, ó mosca, pousa aqui,
Esvoaça, muda pr ali:
A mosca tem de nascer !...
Camões esqueceu as moscas,
Bocage não falou nelas,
Aleixo exibiu-as toscas
E eu, zás, levo com elas !...